sexta-feira, 2 de junho de 2017

Uma história de superação: O menino de Macajuba no interior da Bahia para o mundo



Ele não é João de Santo Cristo e não roubava o dinheiro da caixinha no altar. Mas assim como João, não entendia como a vida funcionava, essa discriminação por sua classe e sua cor.
Um menino nascido no interior do pequeno município de Macajuba, no sertão da Bahia. O interior da cidade que é perto de nada e longe de tudo. Não podia ir à escola, pois nasceu para torrar castanhas de caju e farinha. Quem nasce com uma missão assim não pode perder tempo em sala de aula. O sul precisa comer. Mas contra sua predestinação, frequentou a escola rural primária de Macajuba. Levava horas caminhando até o barraco de pau a pique improvisado, onde a professora aguardava os rebeldes.
Menino da roça, trocava roupas com os amigos pois não tinham condições de ter novas. E isso não o incomodava. Só o que pensava era materializar aquele pedaço de pau que fazia de volante em suas brincadeiras escondidas do pai. E todos riam. Quem ele pensava ser para ter um automóvel? Nem jumento o garoto tinha para transportar suas ambições inalcançáveis.
A casa de pau a pique onde passou a infância. Foto tirada em 2017.

O menino de Macajuba cresceu. Por meses juntou cada moeda de trabalhos extras capinando o terreno de senhores. No auge da sua juventude largou o calor do sertão que o castigava. Deixou pra trás a família e trouxe na sacolinha a ingenuidade da roça para o lugar onde “tudo acontece”. Veio fugido da vida que o impuseram, mas ele nunca aceitou.  Desembarcou em Rio Grande da Serra, onde até o nome da cidade lhe dava calafrios. Era inverno e necessário esperar alguns segundos até que a água da torneira pudesse desempedrar e lavar suas mãos de manhã.
Pegou o trem pela primeira vez e foi aonde o disseram que sonhos se concretizavam: a “capital do Brasil”, São Paulo. Tudo ali era grande.
Começou a trabalhar na limpeza de um hospital. Com o passar dos anos foi percebendo que, assim como no sertão, a cidade grande também trabalhava com sistema de castas. Quem usava branco naquele ambiente nasceu para desempenhar um papel superior na sociedade. E ele teve certeza disso quando perguntou à sua supervisora o que ele precisaria fazer para ajudar aqueles doentes como ela o fazia. A doutora respondeu que ele jamais colocaria aquelas mãos sujas e calejadas em seus pacientes.
O menino de Macajuba, pela segunda vez não se contentou. Ele sabia que seus estudos primários na escola rural do sertão não limpariam suas mãos. Então começou a estudar….
Terminou o segundo grau. Ficou feliz e com isso já estaria muito à frente dos seus colegas do sertão. Arriscou o impensável: vestibular. Não conseguiu a pontuação mínima na redação. Ganhou uma bolsa e entrou para um cursinho preparatório. Pentelhou o professor com inúmeras idas e vindas de correções. Até que entrou para a faculdade de enfermagem.
Limpava chão de manhã, ia para a universidade a noite e começou a pintar quadros nas horas vagas.
Aprendeu a pintar quadros sozinho, pegando desenhos de revistas e replicando.

Com muito suor ele se formou. Começou a estagiar em ambulâncias destinadas a atender vítimas de acidentes nas rodovias do estado. Logo virou enfermeiro de hospitais particulares do grande ABC. Dobrou os plantões e assim o volante de pau do menino de Macajuba se materializou.
Mas a empolgação com o automóvel durou pouco.
O enfermeiro formado

Ele não é Forrest Gump, mas assim como Gump calçou um par de tênis e foi. Apenas porque “teve vontade de correr”. 



O menino de Macajuba começou a correr por onde fosse. Corria e corria sem parar. 10, 20, 42… 70km de uma vez. Começou a disputar provas e subir em pódios. Passou a dividir seu pequeno quarto alugado com as dezenas de troféus e medalhas conquistadas em corridas por todo o Brasil e no exterior.
Mas ele não deixou o jaleco branco. Suas mãos calejadas e “sujas” o levaram para o centro cirúrgico dos dois hospitais mais respeitados da América Latina: Albert Einstein e Sírio Libanês. E ele desenvolveu uma habilidade ainda não estudada pela ciência de aproveitar seu tempo de sono para treinar.
Disputando a Maratona de Punta Del Leste, Uruguai
Hoje, o incansável menino de Macajuba, Aurelinalvo dos Santos (conhecido como Naldo), leva sua mensagem de superação por meio de seu trabalho e esporte. Ele continua a sujar as mãos torrando castanhas quando visita a família, mas também as tinge de sangue salvando vidas. Continua correndo contra a determinação da sociedade quanto à sua missão na terra.
Naldo torrando castanhas de caju na casa da irmã, em Macajuba, Bahia.

Costumo brincar com Naldo, hoje um dos meus melhores amigos, que ele é um ser de luz quase pronto. Ele nasceu com um dom que a vida foi lapidando. O eterno menino de Macajuba sabe viver intensamente, sabe com maestria o que é simplicidade, compaixão, humildade genuína e garra.
Ele não é João de Santo Cristo, Leonado Da Vinci, Forrest Gump ou Mahatma Gandhi, ele é um pouquinho de cada.
Texto dedicado a todos os nordestinos que deixaram suas terras em busca de algo na sonhada São Paulo. Nosso MUITO OBRIGADO por trazer a cultura, o jeito de ser arretado e essa alegria do Nordeste pra perto de nós.  
Por Monique Lima 



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Blog Deixa Comigo Macajuba (DCM) conversou com diretora do Colégio Estadual Carlito de Carvalho sobre indagação de alunos

(Foto: Arquivo Blog Deixa Comigo Macajuba(DCM)

Na última segunda-feira, 29 de maio de 2017, a reportagem do Blog Deixa Comigo Macajuba (DCM) esteve no colégio Estadual Carlito de Carvalho e conversou com a diretora Maria Conceição que como sempre nos recebeu super bem, a diretora esclareceu algumas reclamações que chegaram em nossa redação através de alunos.

Alguns alunos reclamaram que na última sexta-feira,26 de maio de 2017 faltou maçã e não tinha ninguém da direção na escola durante a noite.

A diretora informou ao Blog do Povo Macajubense que Renan está de férias durante a noite, mas ela está sempre comparecendo e prometeu verificar o que houve que faltou maçã, Conceição, relatou que a dificuldade em porteiros e vigilantes é um problema do Estado e que já foi solicitado diversas vezes, falou também da solicitação da rampa e a pavimentação da rua.

Conceição disse que está comprometida com educação e que tem corrido atrás de melhorias para o colégio do Estado.

Uma novidade no início de julho Cristiano Silva que é blogueiro de Macajuba estará dando uma palestra sobre os benefícios, cuidados e as armadilhas da internet, nos turnos matutino vespertino e noturno do colégio Estadual Carlito de Carvalho.


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Operação da policia Militar de Macajuba prendeu homens com drogas na madrugada desta sexta-feira

(Fotos cedidas pela Policia Militar de Macajuba)

A PM de Macajuba em mais uma operação informou que nesta sexta-feira 02 de junho de 2017, às 4 e 10 HS, chegou ao pelotão a guarnição do ceto/ Itaberaba, pedindo apoio pra apresentar três homens na delegacia, suspeito de tráfico de drogas, que foi dado apoio, chegando a delegacia o agente de polícia civil, orientou que fossem apresentados em Itaberaba, por motivo que o escrivão encontrar se de férias.

 

Os homens presos na operação policial foram: Tiago Pamponet de Souza Carvalho, Walace nascimento, Renan Lima dá Silva, com os mesmos foram encontrados uma espingarda cartucheira, um pé de maconha, algumas trouxas de maconha, é uma balança de precisão.



Fonte: Policia Militar de Macajuba


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Aqueça seu irmão: Primeira Campanha do Agasalho será realizada em Macajuba nesse inverno

(Foto: Divulgação)


O Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente – CMDCA, juntamente com a Secretaria de Ação Social, CRAS e Conselho Tutelar, realizam a primeira campanha do agasalho.






Distribuir peças arrecadadas em todo o município , com foco na qualidade e não na quantidade, pedindo roupas boas e em condições de levar dignidade a quem vai receber.
Seja solidário aqueça o corpo e o coração de alguém, doe agasalhos.





Pontos de coleta: CRAS e SEC. De AÇÃO SOCIA
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