terça-feira, 18 de junho de 2019

Porque os casos de dengue aumentaram em 2019?



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Entra ano, sai ano e o Brasil segue registrando dados alarmantes de dengue. Em janeiro de 2019 o número de casos mais que dobrou em relação ao mesmo período em 2018. Segundo o Ministério da Saúde, houve um aumento de 149% - os casos prováveis saltaram de 21.992 para 54.777. A história se repete todo verão, estação favorita do mosquito Aedes aegypti: temperaturas mais altas e chuvas regulares favorecem o acúmulo de água nas residências. É a morada perfeita para o inseto que, além da dengue, transmite o zika vírus e a chikungunya. Todas são doenças com sintomas severos, que podem levar ao óbito se não tratadas a tempo.

Quais são os sintomas da dengue?


São febre de início abrupto (geralmente entre 39 e 40ºC), com duração de dois dias a uma semana, dor de cabeça, muscular e nas articulações, prostração, lesões avermelhadas e coceira pelo corpo e dor nos olhos”, explica Fernando Chong, médico de família da Clinipam. Ele destaca que, entre tantos sintomas, a dor dentro dos olhos é um dos mais característicos da dengue.

Em muitos casos, o paciente apresenta os desconfortos, mas há dúvida em relação ao diagnóstico; já que as outras patologias transmitidas pelo Aedes aegypti apresentam-se de forma parecida. É preciso procurar auxílio médico o quanto antes. O tratamento depende da categoria de dengue contraída, que determinada o grau de gravidade da doença.

Prevenção

Para diminuir o número de casos é preciso eliminar os criadouros de mosquitos. Uma tarefa que depende diretamente da população. Ainda que as campanhas regulares de conscientização relembrem dos cuidados básicos, há quem deixe as orientações de lado. “O grande problema é que os ovos são viáveis por até um ano, dependendo das condições em que ficarem depositados. Eles são bem resistentes a situações de seca, por exemplo. Ficam intactos em um recipiente até que haja água parada outra vez, quando reidratam e eclodem, dando origem às larvas do mosquito”, alerta Fernando.

O ideal é verificar periodicamente (no mínimo uma vez por semana ) todos os objetos que possam acumular água e, consequentemente, virar criadouro para o mosquito. Vasos de plantas, baldes, pneus, garrafas e até o depósito de água da geladeira devem ser esvaziados e limpos com um pano seco.

Tratamento depende do tipo de vírus

Para facilitar o diagnóstico e o tratamento, o quadro de dengue é classificado de acordo com a gravidade, independentemente do tipo de vírus. “Classificamos a doença em categorias de A a D, sendo A a mais leve”, explica o médico da Clinipam, Fernando Chong. Ela também é a de mais fácil tratamento: hidratação e medicação.
“Na verdade, esse tratamento serve para todos os tipos de dengue, mas o que muda é a intensidade e o local a ser tratado. Depende da gravidade dos sintomas e qual a região do corpo mais afetada”, explica Fernando. Nos casos mais severos, do tipo D, a internação é necessária. “Quando os sintomas são muito fortes, o paciente é encaminhado para a UTI. Isso porque há sangramento grave e comprometimento dos órgãos, como rins, sistema nervoso central e coração”, alerta o profissional.

Sobre a vacina contra a dengue, Fernando Chong é enfático: “só pode usar quem já teve dengue. É uma determinação da Anvisa, que recentemente alterou a bula da medicação. A infecção com um dos vírus não dá imunidade para o outro e ainda faz com que a pessoa, por resposta imunológica, tenha um quadro mais grave numa segunda infecção”. Existem outras vacinas em estudo, inclusive de fabricação brasileira, mas por enquanto não há previsão sobre a comercialização. “A vacina atual tem o objetivo de prevenir a infecção em quem já foi contaminado. Não deve ser usada de forma aleatória. A melhor forma de evitar a dengue todos já conhecem: é a eliminação dos criadouros de mosquito”.

Fonte: G1



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