Nos últimos dias, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), tem coordenado uma série de reuniões políticas para discutir os rumos do governo e a atuação do presidente Jair Bolsonaro diante da pandemia do novo coronavírus. Foram rodadas de conversas com líderes partidários, ministros de tribunais e com a cúpula do Senado para debater a postura do Palácio do Planalto e a falta de articulação política e sustentação partidária de bolsonaristas no Congresso. Conforme relato de interlocutores a VEJA, apesar do protagonismo de Maia, coube ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), verbalizar a avaliação mais dura sobre o governo Bolsonaro. Em um desses encontros, na residência oficial da presidência da Câmara dos Deputados, Alcolumbre disse que “o governo acabou”. “A diferença é saber se ele chega a 2022”, disse ele, segundo autoridades presentes na reunião.
Por ora não há movimentos concretos para o andamento de um processo de impeachment contra o presidente – a popularidade de presidente ainda está na casa dos 30%, embora 51% dos brasileiros, conforme recente pesquisa Datafolha, acreditam que Bolsonaro mais atrapalha que ajuda no enfrentamento à Covid-19. Ainda assim, a avaliação da cúpula do Congresso e de parlamentares influentes é a de que o governo terá de recolher escombros nos próximos anos, sem perspectiva concreta de tocar reformas estruturantes ou projetos de segurança pública, duas das principais vitrines de Jair Bolsonaro. Para um futuro governo, congressistas começaram a discutir, sob reserva, a hipótese de semipresidencialismo.

Esses mesmos políticos avaliam que os ministros Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública) e Paulo Guedes (Economia) têm consciência de que boa parte dos projetos deles – reformas, fortalecimento de fronteiras ou de combate ao crime organizado – praticamente foi enterrada, já que qualquer recurso no pós-crise precisará ser usado para reerguer a economia mais básica.
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Em uma dessas reuniões, Davi Alcolumbre ouviu que deveria caber ao Senado – e não eventualmente ao Supremo Tribunal Federal (STF) – enterrar um possível decreto de Bolsonaro que acabasse com o isolamento e o distanciamento social. Não houve tempo. O ministro Alexandre de Moraes, do STF, proibiu na semana passada que o presidente derrubasse decretos de governadores e prefeitos que determinam o isolamento social.

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