Turistas do país e do exterior procuram o parque para fazer a observação de onças-pintadas durante passeios de barco.
A localidade é conhecida por deter a maior concentração de onças-pintadas do mundo. Turistas do país e do exterior procuram o parque para fazer a observação de onças-pintadas durante passeios de barco.
De acordo com análise do ICV, as onças-pintadas, que já são ameaçadas de extinção, agora também são ameaçadas pelas queimadas que estão acontecendo em todo o estado.
No vídeo divulgado pelo instituto, é possível visualizar como as áreas do Parque Encontro das Águas foram e estão sendo afetadas pelos incêndios.
Ainda não se sabe quantos animais já morreram em consequência dos incêndios.
O governo decretou situação de emergência em Mato Grosso por causa dos incêndios florestais. O decreto irá valer por 90 dias, podendo ser prorrogado.
O incêndio, que começou há semanas, era combatido por funcionários de pousadas e moradores locais e na semana passada foi combatido por bombeiros.
No mês passado, uma onça invadiu várias casas de moradores do Pantanal depois que teve seu habitat destruído pelas queimadas na região.
Ela foi resgatada e transferida para o Instituto de Preservação e Defesa dos Felídeos da Fauna Silvestre do Brasil em Processo de Extinção (NEX), em Corumbá de Goiás, na região nordeste do estado.
Outra onça-pintada adulta foi resgatada na região de Porto Jofre com ferimentos e sinais de queimaduras, na última sexta-feira (11). Diversos outros animais também já foram resgatados e medicados. Muitos não resistiram e morreram.
O parque
O Parque Estadual Encontro das Águas fica no encontro dos rios Cuiabá e Piquiri, na região de Porto Jofre, entre Poconé e Barão de Melgaço, municípios a 104 e 121 km de Cuiabá. A reserva tem 108 mil hectares onde é possível ver a exuberância do Pantanal bem de perto.
O Pantanal é o bioma brasileiro mais afetado pelas queimadas proporcionalmente, mas em Mato Grosso os incêndios estão espalhados por todo o estado.
As queimadas aumentaram no Pantanal a partir de julho, quando a estiagem ficou ainda mais intensa. Os dias estão tão secos que o clima fica parecido ao de um deserto, com umidade abaixo dos 10%. Mas o problema não é só o clima.
Uma reserva particular teve metade da área de mais 100 mil hectares destruída. Segundo perícia do Corpo de Bombeiros, as chamas vieram de fazendas que estão próximas e que foram queimadas de forma criminosa, intencional.