O setor automotivo já estava passando uma fase ruim devido ao fechamento de fábricas de fornecedores chineses no início do ano e agora a situação ficou ainda ficou pior por causa da interrupção das linhas de montagem de automóveis no país desde o início de março. De acordo com o Sindipeças, a pandemia da COVID-19 afetou a produção.
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Desde abril, o setor automotivo se manteve isolado, com poucas empresas operando , e com isso as vendas de automóveis caíram em 80% e a tendência é cair ainda mais nos próximos meses.
As vendas despencaram até mesmo para os modelos mais vendidos como o Gol, que é um dos carros mais populares do Brasil.
Especialistas afirmam que o impacto na rede de fornecimento é muito maior. Devido aos efeitos causados pela pandemia no setor automobilístico devem afetar por muito tempo e que o mercado vai demorar cerca de 3 anos para se recuperar. Ainda de acordo com especialistas este ano as vendas não devem passar de 2 milhões de unidades.
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A queda das vendas dos carros no primeiro semestre, deve acarretar retirar 10 mil vagas de empregos nas montadoras do país e cerca de 21 mil posições nas autopeças. Isso sem mencionar a rede de distribuição: é calculado que cerca de 30% das concessionárias não consigam se manter por mais de 30 dias paradas.
As exportações também recuaram em março a queda foi de cerca de 20%, o que historicamente não condiz com o setor da indústria brasileira de autopeças. No ano passado as exportações haviam crescido cerca de 11%.
Os impactos agora ficam como efeito dominó com menor vendas de carros, menor produção de peças e cada vez mais problemas. No terceiro mês do ano o número de emplacamentos diminuiu cerca de 11%. As vendas de automóveis este ano obtiveram o pior desempenho em quatorze anos.
O presidente afirmou que o resultado negativo em março foi causado pela pandemia do coronavírus. O setor representa cerca de 4 do PIB e gera mais de 300 mil empregos.
O segmento de pneus também está sendo afetado Em março, foram comercializadas cerca de 4.474.380 unidades. As vendas de pneus também começam a serem afetadas logo que paralisaram a produção de veículos.
A quarentena de metade da população só começou na segunda quinzena do mês, e mesmo assim a queda foi grande.
Com o início da quarentena algumas montadoras e concessionárias começaram a realizar vendas via delivery. Desse modo, os vendedores vão até a residência do cliente com o carro solicitado.
Esse novo sistema ainda permite que o cliente faça o test drive e analise as condições de compra, podendo, fechar o negócio na hora. Mas, ainda a estratégia não melhorou o cenário de queda.
O mês de abril foi lento em vendas foram registrados apenas 763 licenciamentos. O volume de compras de veículos caiu a quase zero nos últimos meses.
Com as vendas em queda em março, o total de veículos vendidos nos primeiros 3 meses do ano somou apenas 530 mil unidades.
Como a expectativa é de os próximos meses sejam ainda piores, a queda anual do mercado deve se agravar bastante. Será quase impossível de recuperar as vendas perdidas e para o ano todo o encolhimento previsto é grande, isso devido a baixa demanda e pela dificuldade de aprovações dos financiamentos. A perda de pode chegar a 15% neste momento, mas os últimos resultados mostram um cenário muito pior, e este número pode chegar a mais de 40%.
Contudo, a posição das marcas de automóveis no ranking continuam o mesmo. Desta forma, se mantém a GM com mais de 25 mil unidades, na liderança, e em segundo fica a Volkswagen com 24.957 mil unidades e depois a Fiat, com 23.701 mil unidades.
E com toda essa queda no setor é importante ficar atento aos preços algumas pessoas e concessionárias podem subir muito o valor dos veículos para conseguir ter uma margem de lucro maior que o esperado para este ano, portanto é ideal ficar atento a Tabela Fipe, que revela os preços corretos de todos os carros.
O ideal durante essa crise econômica que o país sobre em todos os setores é realizar uma pesquisa aprofundada sobre preços, modelos e o que vale mais a pena investir neste período. Um carro pode ser uma segurança neste momento já que é recomendado não sair de casa, mas em algumas ocasiões será preciso ir a farmácia e mercado, com um carro é possível evitar os transportes públicos que sempre estão lotados e oferecem mais risco de contrair o covid-19. Segurança e economia sempre são itens que devem ser avaliados com calma e precisão.