sexta-feira, 11 de junho de 2021

Medo que julho tenha uma tragédia pior que março", diz governador da Bahia



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O governador da Bahia, Rui Costa (PT), demonstrou preocupação com a situação do estado no período após o São João diante do cenário atual da pandemia. “Estamos com medo que o começo de julho tenha uma tragédia pior do que o mês de março”, disse Rui, que participou, nesta quinta-feira, 10, de uma inauguração de policlínica no município de Eunápolis, no sul da Bahia.

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A situação agora também exige cautela, destacou o governador. “Estamos muito preocupados agora. Chegamos em março a 20 mil contaminados, e o que aconteceu em março? Uma tragédia. Qual a diferença do mês de fevereiro e março para agora? Tínhamos leitos vazios na Bahia inteira, e nós tínhamos capacidade para absorver a multidão que chegou aos hospitais”, considerou.

Ainda segundo Rui, há menos leitos vazios atualmente. “Se as festas de São João provocarem uma avalanche de pessoas nos hospitais, só temos 15% de leitos disponíveis. Se não conseguirmos regular em até 24h, está comprovado que a taxa de mortalidade aumenta”, informa.
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O governador também disse que se isso vai acontecer ou não, "depende do comportamento das pessoas" durante o São João. "Já vimos que até pequenas aglomerações, como no Dia das Mães, afeta nos índices", explicou. Uma das orientações do gestor à população, é que elas colaborem evitando aglomerações.

Na ocasião, o governador também criticou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pelo ritmo de vacinação no País e pela atuação na pandemia. "Quero pedir ajuda de vocês porque ninguém faz nada sozinho. Precisamos da ajuda e consciência da população. Se dependesse de nós, o povo já estaria vacinado, mas não estamos porque o presidente não comprou vacina, e nós temos que superar este momento agora."

Rui já anunciou em maio que, durante o período junino, a Bahia ficará sem ônibus intermunicipais, para desestimular festas e aglomerações. "Alguns dias antes do São João, vamos proibir a colocação de horários extras e estipular a lotação máxima dos ônibus de 70%. Nos dias mais próximos ao São João, três dias antes e depois, nós vamos suspender totalmente o transporte. Então, funcionará dessa forma para não prejudicar quem precisa fazer uma viagem por necessidade de saúde ou de trabalho, sem estimular que as pessoas se locomovam com a intenção de se aglomerarem em festas e reuniões vinculadas ao período das festas juninas”, informou o gestor.

Para ele, falta sensibilidade em quem insiste na festa. "Independente da cidade e da região, digo que nós não permitiremos qualquer festa no São João. Não entendo a falta de sensibilidade das pessoas, porque fazer qualquer festa nesta situação é um desrespeito à vida humana", afirmou o governador.

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