Bruna, carioca que morava em Israel havia oito anos, ficou escondida em área de mata. Em imagens feitas momentos antes de ser assassinada, ela aparece deitada e encolhida em um bunker.
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Irmã de Bruna Valeanu, morta em rave pelo Hamas, relembra último abraço: 'Não tenho revolta, tenho tristeza' |
Uma das ações mais violentas dos terroristas do Hamas aconteceu em uma rave, perto de Gaza, no primeiro dia de conflito com Israel. O Fantástico conversou com o pai de Alok, o DJ Juarez Petrillo - que sobreviveu ao ataque - e com parentes dos três brasileiros que estão entre os mais de 260 mortos no evento: Karla Stelzer, Bruna Valeanu e Ranani Glazer (veja a reportagem completa abaixo).
Bruna, carioca que morava em Israel há oito anos, se escondeu em uma área de mato, como mostra uma mensagem que ela enviou pra amigas. Em outras imagens, feitas momentos antes de ser assassinada pelos terroristas, ela já aparece deitada no chão e encolhida em um bunker com outros jovens
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Bruna Valeanu aparece encolhida no chão em bunker momentos antes de ser assassinada — Foto: Fantástico |
“Aí ela: você tem certeza? Não vai, não vai não. Aí ela disse: 'não, eu já comprei o ingresso'. Não era muito barato assim... Minha mãe: 'Eu te pago esse ingresso, eu te dou o dinheiro'. Ela: 'não é isso, eu vou na festa'".
A despedida de Bruna causou uma comoção em Israel. Após a família pedir, nas redes sociais, ajuda para garantir o enterro dela - para a realização de qualquer serviço religioso judaico é necessária a presença de dez judeus adultos -, milhares de pessoas compareceram.
“Foi muito emocionante. Eu vi alguns vídeos e as pessoas se comoveram por ela não ter família lá. Então, fiquei sabendo que essa mensagem circulou e teve um trânsito de 2 km de pessoas; 10 mil pessoas foram lá e eu fiquei muito emocionada, assim, de ver como todo mundo se mobilizou, né? Para poder se despedir dela, homenagear ela”, diz Nathalia.
Para a irmã, ficam as últimas lembranças da visita da caçula ao Rio de Janeiro, há menos de um mês
"Só consigo lembrar do último abraço que eu dei nela, que foi aqui na porta do metrô. Eu não podia imaginar que poderia ser a última vez. Ela desceu e falou: 'Tchau, Naque' - que era como ela me chamava. Eu falei: 'Tchau, meu amor. Eu te amo'. 'Eu também'. Eu nunca mais vou ver minha irmã, então eu não tenho revolta, sabe? Eu tenho tristeza. Se não parar, muitas pessoas vão continuar passando por isso", emociona-se.
Fonte: G1 Globo
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