quarta-feira, 6 de dezembro de 2023

Cerca de 25% dos baianos sentem insegurança nos bairros onde moram



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Em Salvador e no interior 11% não se sentem seguros nem dentro da própria casa

Policiais durante operação em Salvador


Uma criança de 6 anos foi baleada dentro de casa no bairro de Tancredo Neves. O tiro quebrou uma janela de vidro, rasgou uma cortina, atingiu o menino e foi parar na parede da sala. O caso aconteceu em março. Quatro meses depois, um garoto de 10 anos foi baleado no pescoço enquanto brincava na porta de casa, em Lauro de Freitas. Ele morreu. Em setembro, um homem armado invadiu uma casa no Alto das Pombas e fez uma família de refém, incluindo duas crianças.

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), e divulgada nesta quarta-feira (6), revelou o que muitos baianos já vinham sentindo no dia a dia. Cerca de 25% da população com 15 anos ou mais que vive na Bahia não se sente segura no bairro onde mora. Em Salvador, o índice é ainda maior, 49,5% dos moradores têm medo. Uma mulher que trabalha como diarista e mora em Coutos, e que pediu para não ser identificada, mudou os hábitos por conta da insegurança.

“Aqui em casa o portão fica sempre trancado. Tenho netos, mas não me sinto segura em deixar eles brincarem na rua, por isso, eles ficam sempre em casa. É uma pena, porque eu queria que eles tivessem a infância que meus filhos tiveram de poder brincar na rua com os amigos. A gente também tem evitado chegar em casa depois das 22h, porque toda hora tem notícia de tiroteio”, conta.

Na Bahia, existem 11,8 milhões de pessoas com 15 anos ou mais e 11,4% delas disseram que se sentem inseguras ou muito inseguras dentro da própria casa. Em Salvador, o percentual foi de 11,8%. Dados do anuário do Observatório da Segurança, por exemplo, mostram que entre 2021 e 2022 o roubo a residência aumentou de 680 para 1.608 no estado. Na casa do estudante Lucas Andrade, 28 anos, a porta fica sempre trancada.

“Trocamos o portão recentemente. Eu já fui assaltado duas vezes em menos de seis meses, uma quando tinha acabado de subir no ônibus, aqui no bairro, e outra quando estava chegando do trabalho. Eles [bandidos] sempre querem celular. Eu evito aparelhos mais caros por conta disso mesmo”, explica.

Quando questionados pelo IBGE se sentem segurança no bairro onde moram, 25,6% dos baianos responderam que ‘não”. O índice está abaixo da média nacional de 26,6%, mas coloca a Bahia como o 19º estado com maior sensação de insegurança no Brasil.

A região Norte é onde as pessoas se sentem mais inseguras no país. Os estados do Amapá (48,1%), Amazonas (46%) e Pará (37,6%) lideram o ranking. Já as populações com maior sensação de segurança são Santa Catarina (9,9%), Minas Gerais (18,1%) e Rio Grande do Sul (18,8%).

Quando o recorte é feito por capital, Salvador ocupa o 8º lugar no ranking. A insegurança é maior em Teresina/PI (58,3%), Macapá/AP (57,9%) e Manaus/AM (55,0%). No outro extremo do ranking, estão Florianópolis/SC (10,2%), Belo Horizonte/MG (25,1%) e Cuiabá/MT (25,5%).

Confira o ranking de insegurança no Nordeste:

Por estado:

• 4º) Rio Grande do Norte (37,3%)

• 5º) Pernambuco (35,6%)

• 9º) Ceará (33,7%)

• 10º) Maranhão (32,9%)

• 11º) Sergipe (32,8%)

• 13º) Piauí (29,9%)

• 15º) Alagoas (27,1%)

• 16º) Paraíba (26,2%)

• 19º) Bahia (25,6%)

Por capital:

• 1º) Teresina (58,3%)

• 4º) Natal (53,6%)

• 5º) Fortaleza (52,3%)

• 6º) São Luís (50,6%)

• 7º) Recife (49,9%)

• 8º) Salvador (49,5%)

• 11º) Aracaju (46,3%)

• 12º) João Pessoa (44,2%)

• 20º) Maceió (32,7%)

Fonte: Correio24horas 


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