segunda-feira, 11 de novembro de 2024

ONU quer que nações ricas financiem países pobres, mas esquece de citar corrupção



Compartilhe

                                      

Foto: Divulgação ONU

Secretário do Clima das Nações Unidas cobra esforço de cooperação global; cúpula começa sob pessimismo após fracasso em outras negociações ambientais e eleição de Trump

A 29ª COP (Cúpula do Clima) foi oficialmente nesta segunda-feira, 11/11, em Baku, no Azerbaijão. Em uma edição que está sendo chamada como “COP das Finanças“, a maior liderança da ONU (Organização das Nações Unidas) nessa área defendeu que “não é caridade” a destinação de recursos de países ricos para que as nações em desenvolvimento façam a adaptação climática e transição para fontes de energia de menor impacto ambiental. Mas ele não citou que, na maioria dos países pobres, grassa a corrupção e desvio do dinheiro público para mordomias das elites políticas. Basta ver as ONG’s (Organização Não Governamental) que destinam mais 80% da receita para salários de diretores.

“Se países não conseguirem construir resiliência nas cadeias de suprimento, toda a economia global será colocada de joelhos. Nenhum país está imune”, declarou Simon Stiell, secretário executivo do Clima da ONU. “É hora de mostrar que a cooperação global não está em baixa“.

A conferência começa sob pessimismo após o fracasso em negociações anteriores, como a Cúpula da Biodiversidade, na Colômbia, que terminou sem consenso sobre criar um fundo global para proteção da natureza.

Além disso, a volta de Donald Trump para a Casa Branca a partir de janeiro também sinaliza mais dificuldades para os próximos anos – em seu 1º mandato (2017-2021), ele tirou os Estados Unidos do Acordo de Paris, pacto assinado por quase 200 países para frear o aquecimento global.

O evento ocorre também sem grandes líderes, como os presidentes americano (Joe Biden), brasileiro (Luiz Inácio Lula da Silva, do PT) e francês (Emmanuel Macron) e o premiê alemão, Olaf Scholz. O Brasil será representado pelo vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), que chega a Baku na noite desta segunda.

O secretário do Clima defendeu que não basta a concordância dos países pelo financiamento, mas que é necessário trabalhar duro para mudar o sistema de financiamento global, dando espaço fiscal para que haja a mudança. Nesse aspecto, citou que cerca de dois terços das nações não conseguem bancar a redução de emissões rapidamente e, por isso, todo o mundo “paga um preço brutal“.

Há anos, os países discutem como os recursos devem chegar aos países em desenvolvimento, de modo que não causem endividamento. Uma parte é subsidiada a juros baixos, mas não tudo. “Vamos dispensar qualquer ideia de que financiamento climático é caridade. Uma ambiciosa nova meta climática é totalmente de interesse de todas as nações, incluindo as maiores e mais ricas”, acrescentou.

Nas reuniões de pré-COP, por enquanto, não houve avanço significativo nesse âmbito. Vários aspectos do “Novo Objetivo Coletivo Quantificado sobre Financiamento Climático” (NCQG na sigla em inglês) precisam ser definidos. Entre eles, a secretária do Clima do Ministério do Meio Ambiente, Ana Toni, destacou cinco em evento no mês passado:

o valor, visto que estudos apontam para a necessidade de pelo menos cerca de US$ 1 trilhão, dez vezes mais do acordado até este ano;

aspectos metodológicos, como os possíveis destinos de aplicação desses recursos;

os países que podem receber;

quais nações devem pagar;

mecanismos de transparência.

Fonte: Terra

               PUBLICIDADE






    PUBLICIDADE






 PUBLICIDADE



   






Açaí Nova Cruz

Temos o melhor açaí,cerveja, wisque, conhaque, caldo, tiragosto e melhor caipirosca da Bahia .

Visite na Praça Osvaldo Ribeiro no Distrito de Nova Cruz.

Fale com Zezinho Potência 0749 9809-9942

Publicidade Google