A energia elétrica residencial voltou a registrar o maior impacto positivo sobre o indicador, com a mudança da bandeira tarifária. A surpresa do índice veio do grupo de alimentação e bebidas, que apresentou queda após nove meses consecutivos de alta
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial do país, registrou uma alta de 0,26% em junho. O resultado apresenta uma desaceleração ante o índice de maio, que foi de 0,36%.
Segundo os dados, divulgados nesta quinta-feira (26/6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a energia elétrica residencial voltou a registrar o maior impacto positivo sobre o indicador, com a mudança da bandeira tarifária.
A partir deste mês, a bandeira tarifária da conta de luz será vermelha, patamar 1, o que significa um custo adicional para os consumidores. A mudança ocorre devido à menor disponibilidade de água nos reservatórios das hidrelétricas, o que leva ao acionamento de termelétricas mais caras. O custo adicional será de R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos.
Habitação
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta em junho. A maior variação e o maior impacto vieram de habitação, com uma alta de 1,08%, devido ao aumento na conta de luz. Em seguida aparece vestuário, com alta de 0,51%.
Queda na alimentação
A surpresa do índice veio do grupo de alimentação e bebidas, que após nove meses consecutivos de alta, apresentou recuo de 0,02%. Os maiores impactos negativos vieram da alimentação no domicílio, com destaque para a queda de 7,24% nos preços do tomate, de 6,95% do ovo de galinha e de 3,44% do arroz.
A queda de 0,52% nos preços da gasolina também contribuiu para a desaceleração do indicador. Os combustíveis recuaram 0,69% em junho, também houve quedas nos preços do óleo diesel, do etanol e do gás veicular.