Estudo mostra como o coronavírus interfere diretamente no metabolismo reprodutivo de homens
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Vírus se instala nos testículos, usa colesterol e afeta produção de hormônios masculinos Crédito: Freepik |
Essas células, chamadas de células de Leydig, são ricas em colesterol, que normalmente é usado para produzir o hormônio masculino. Mas, ao serem infectadas, passam a ser usadas como fábrica pelo vírus.
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Edicase]A vacina contra a covid-19 é indicada anualmente para grupos prioritários (Imagem: PeopleImages.com – Yuri A | Shutterstock) por Imagem: PeopleImages.com – Yuri A | Shutterstock |
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Edicase]A vacina contra a covid-19 continua sendo importante (Imagem: AmazeinDesign | Shutterstock) por Imagem: AmazeinDesign | Shutterstock |
Pesquisa foi feita com camundongos
O estudo foi conduzido por cientistas da Faculdade de Odontologia da Universidade Estadual de São Paulo (FOAr-Unesp) em parceria com a Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto. Eles usaram camundongos geneticamente modificados para expressar o receptor ACE2, a “porta de entrada” do vírus nas células.
Esses camundongos desenvolvem sintomas semelhantes aos de humanos e mostraram concentração de ACE2 nas mesmas células que existem nos testículos humanos.
Testosterona em queda e células com novo comportamento
A infecção causou uma mudança importante nas células de Leydig. Elas pararam de produzir testosterona normalmente e passaram a funcionar como células do sistema imunológico.
Mesmo com pouca produção hormonal, estavam carregadas de lipídios – resultado da maior captação de colesterol, induzida pelo próprio coronavírus.
Homens sofrem mais com a doença
A coordenadora do estudo, Estela Sasso-Cerri, da FOAr-Unesp, explica que o vírus não só atrapalha a produção hormonal como transforma a célula em um alvo perfeito por causa da sua estrutura interna.
Segundo ela, os resultados ajudam a entender por que homens com quadros graves de COVID-19 apresentam baixos níveis de testosterona e colesterol. A descoberta também pode explicar por que a doença é mais severa e letal entre pacientes do sexo masculino.
As informações foram retiradas da Agência Fapesp.
Fonte: correio 24horas