quinta-feira, 17 de julho de 2025

Criança tem 33 paradas cardíacas e morre após ser picada por escorpião



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Os pais pedem explicações sobre a demora no atendimento e a falta de soro antiescorpiônico

Foto: Divulgação

Bernardo Gomes de Oliveira, de apenas 3 anos, morreu após ser picado por um escorpião-amarelo no município de Cambará, no norte do Paraná. A família relatou que o menino sofreu 33 paradas cardíacas antes do óbito ser confirmado na tarde de segunda-feira (15).

O acidente aconteceu no domingo (13), quando a família se preparava para sair de casa. Enquanto o pai pegava as roupas, Bernardo foi sozinho até uma mureta onde os sapatos estavam secando. Ele calçou um dos pares e, ao colocar o segundo, foi picado pelo escorpião que estava escondido dentro do calçado.

“Ele era muito esperto. Pegou um tênis, mostrou pra mim e colocou no pé. Quando vestiu o outro, que estava com o escorpião, saiu gritando”, contou o pai, Márcio Oliveira.


Depois da picada, o escorpião foi encontrado sob um tapete, já dentro da casa. Segundo os pais, a região onde moram é nova e tem muitos terrenos baldios. O pai relatou já ter visto outros escorpiões na residência semanas antes do ocorrido.

Falta de antídoto e demora na transferência

Bernardo deu entrada no Hospital Municipal de Cambará às 8h45 de domingo e recebeu os primeiros atendimentos. A equipe médica avaliou que seria necessário transferi-lo à Santa Casa de Jacarezinho, onde seria aplicado o soro antiescorpiônico.

Enquanto aguardavam a ambulância equipada para o transporte, o estado de saúde da criança piorou. Ele passou a vomitar e apresentou sinais de agravamento. A ambulância só foi liberada às 10h17, segundo a prefeitura.

Já na Santa Casa de Jacarezinho, a família relatou que o hospital não tinha antídoto suficiente. Bernardo precisava de seis ampolas, mas apenas cinco estavam disponíveis. Mesmo com a aplicação parcial do tratamento, a condição do menino continuou grave.

Ele foi intubado e transferido de helicóptero ao Hospital Universitário (HU) de Londrina. Os pais não puderam acompanhá-lo no voo.

“Foi uma demora muito grande. A gente não sabe exatamente o que houve, mas ninguém explicou o motivo da espera”, disse a mãe, Bianca Gomes.

Ela viajou por terra até Londrina e chegou ao HU às 17h. Quando foi atendida pela equipe da UTI, foi informada de que Bernardo já estava na unidade há cerca de meia hora.

A morte do menino foi confirmada horas depois.

Famílias cobram respostas

“Meu filho era saudável, esperto, cheio de energia. Subiu sozinho numa mureta de mais de um metro e meio para pegar o tênis. Ele era muito independente”, lamentou a mãe.

Os pais pedem explicações sobre a demora no atendimento e a falta de soro. O caso gerou comoção na cidade.

Secretarias se manifestam

O secretário de Saúde de Cambará, Ronaldo Guardiano, afirmou que a ambulância demorou porque também atende outros municípios e estava em Jacarezinho.

Segundo ele, a distribuição de soro contra animais peçonhentos é centralizada em hospitais de referência, conforme orientação da 19ª Regional de Saúde, desde junho.

A Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa-PR) informou que, em situações de urgência, os municípios devem acionar a Regional de Saúde para acesso rápido ao soro.

No entanto, no caso de Bernardo, a 19ª Regional de Saúde não foi acionada nem pelo Hospital de Cambará, nem pela Santa Casa de Jacarezinho, mesmo estando a cerca de 20 minutos de distância.

A Sesa afirmou que abriu um processo de investigação para apurar falhas no atendimento.


FONTE:emtempo


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