Velório de cineasta deve ser realizado neste domingo (13) na Cinemateca Brasileira, em São Paulo
Jean-Claude Bernardet também era ator, diretor, roteirista, escritor e professor. Nascido na Bélgica em 1936, ele passou a infância em Paris, na França, e se mudou para o Brasil com a família aos 13 anos, naturalizando-se brasileiro em 1964.
Interessou-se por cinema a partir do cineclubismo e começou a escrever críticas no jornal "O Estado de São Paulo" a convite de Paulo Emílio Salles Gomes. Autor de obras como "Brasil em Tempo de Cinema" (1967), "Trajetória Crítica" (1978), "O Que é Cinema" (1980) e "Cineastas e Imagens do Povo" (1985/2004), Bernardet foi referência para nomes icônicos do Cinema Novo, como Glauber Rocha.
Autor de filmes como “O Caso dos Irmãos Naves” (1967), “Eterna Esperança: Sem Pressa e Sem Pausa, Como as Estrelas” (1971), “Sobre os Anos 60” (1999) e “São Paulo: Sinfonia e Cacofonia” (1994), em agosto de 2024 Bernardet teve uma retrospectiva inédita de sua carreira no CCBB de São Paulo e do Rio de Janeiro.
Ele foi professor de História do Cinema Brasileiro na USP (Universidade de São Paulo) e um dos criadores do curso de Cinema da UnB (Universidade de Brasília).
Jean-Claude Bernardet era soropositivo e estava com a saúde fragilizada por um câncer de próstata reincidente, que decidiu não tratar com quimioterapia, e a visão prejudicada por uma degeneração ocular. De acordo com amigos, a filha do crítico, Lígia Bernardet está vindo dos Estados Unidos para velório.
Fonte:Cnnbrasil