quarta-feira, 27 de agosto de 2025

Jovem tem AVC aos 25 anos: ‘Senti uma dor de cabeça fortíssima, como nunca antes. Minha pressão chegou a 20 por 13’



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A advogada Ana Carolina Gianella Mondadori Moraes sofreu o AVC devido a uma malformação arteriovenosa (MAV) cerebral. Ela perdeu principalmente o movimento do lado direito do corpo e está em fase de reabilitação



Ana Carolina conta que a maior dificuldade tem sido com a sua mão direita, que ainda não recuperou os movimentos — Foto: Arquivo pessoal

A advogada Ana Carolina Gianella Mondadori Moraes, de 25 anos, sofreu um acidente vascular cerebral hemorrágico neste ano. A gaúcha diz que teve sorte de já estar no hospital quando o episódio aconteceu e, assim, ser tratada da maneira correta. Atualmente, ela está no processo de reabilitação com o intuito de recuperar os movimentos, principalmente do lado direito do corpo, que ela perdeu em decorrência do acidente vascular cerebral.

Moraes conta que sempre foi uma criança e uma adolescente com dores de cabeça. Ela chegou a fazer inúmeras tomografias e ressonâncias ao longo da vida, mas nenhum dos exames mostrou alterações importantes.

“Com o passar dos anos, também desenvolvi pressão alta. Fui ao cardiologista, fiz todos os exames e, como não aparecia nenhuma alteração, ele acreditou que fosse ansiedade. Cheguei a ir para a emergência duas ou três vezes por causa da pressão alta. Nesses atendimentos, também faziam tomografia da cabeça, porque eu sentia dores muito fortes. Mas nada era identificado”, conta.

O dia do AVC

O episódio do acidente vascular cerebral aconteceu no dia 4 de abril. “Senti uma dor de cabeça fortíssima, como nunca antes. Minha pressão chegou a 20 por 13. Minha mãe e meu namorado insistiram para que eu fosse ao hospital. Eu tinha feito uma cirurgia de septo dois dias antes e achava que era efeito da medicação, então não queria ir”, relata.

Ainda assim, Moraes foi ao pronto-socorro. Ela foi medicada, mas a dor de cabeça não passava. O incômodo só sumiu após a aplicação de morfina. Só que a supressão da dor não foi pelo remédio em si, mas devido ao AVC hemorrágico que aconteceu nesse meio tempo.

“O primeiro sintoma foi começar a falar enrolado. Os enfermeiros e minha mãe acharam que era efeito da morfina, já que sempre fui muito sensível a medicamentos. Pouco depois, quando o enfermeiro tentou me levantar, eu caí. Meu braço e minha perna do lado direito ficaram totalmente moles”, conta.

Os médicos chegaram a dizer que não sabiam se eu iria sobreviver, porque o AVC foi muito grave: era hemorrágico e não parava de sangrar. Minha primeira tomografia mostrou 6,5 cm³ de sangue, e a última chegou a 25 cm³."
— Ana Carolina Gianella Mondadori Moraes, advogada

A causa do AVC hemorrágico da advogada foi uma malformação arteriovenosa (MAV) cerebral que é uma “alteração rara dos vasos sanguíneos em que artérias e veias se conectam diretamente, sem os capilares intermediários. Essa ligação forma um emaranhado de vasos chamado nidus, no qual o sangue circula em alta pressão e velocidade, deixando os vasos frágeis e propensos a complicações”, explica a neurologista Bruna Proença, do Hospital Nove de Julho.

Ainda segunda Proença, a MAV cerebral pode permanecer silenciosa ao longa da vida. No entanto, se dá sintomas, os mais comuns são: hemorragia cerebral, crises epilépticas, cefaleia recorrente e alterações neurológicas progressivas.

No caso de hemorragia cerebral, como de um AVC hemorrágico, o paciente sente dor de cabeça súbita, perda de consciência, fraqueza ou dificuldade para falar — como aconteceu com Moraes.

“O diagnóstico é feito com tomografia ou ressonância magnética, que mostram a malformação ou complicações. No entanto, o exame mais preciso é a angiografia cerebral, que detalha a anatomia dos vasos e orienta o tratamento”, pontua Proença.

Após entender o que estava acontecendo…
Depois do AVC, Moraes foi levada para uma cirurgia para remover a lesão cerebral. "Despertei depois de 18 horas, sem conseguir falar e sem ainda mover o lado direito do meu corpo. Apesar da gravidade, não precisei de oxigênio. Passei 18 dias sem falar e sem ingerir nada sólido ou líquido, apenas com sonda gástrica”, relata.

A advogada ficou 15 dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e depois 21 no quarto. Ao sair do hospital, ela já estava recuperando a fala e se alimentando pela boca.

“Foram dias de muita angústia e dor, mas também de encontros que mudaram minha vida. Na UTI humanizada, conheci anjos disfarçados de médicos, enfermeiros e técnicos. Cada um deles deixou uma marca em mim”, reflete.

A vida após o acidente vascular cerebral
Moraes está na fase reabilitação por meio da Universidade de Caxias do Sul, com fisioterapia, terapia ocupacional, psicologia e fonoaudiologia.

“Cada avanço tem sido surpreendente, pois já estou andando com auxílio da bengala e falando praticamente tudo. Meu braço também já está apresentando movimento. O mais difícil é recuperar é a minha mão, por ser a área mais atingida do meu cérebro. Não tem sido fácil, mas eu não vou desistir. Quero voltar a ser 100%”, reflete.

A advogada decidiu levar sua história para o TikTok, onde tem conscientizado outras pessoas sobre o assunto. O resultado, inclusive, tem ajudado na recuperação da gaúcha.

“No início, fiquei com medo e vergonha, mas fui mesmo assim e, para minha surpresa, foi maravilhoso e surpreendente o alcance que tive com mais de 1.3 milhões de visualizações nos vídeos, além de mensagens de apoio de completos desconhecidos, mas que me fizeram ter mais estímulo para encarar tudo de forma mais leve”, reflete.

Fonte: Revista Marie Claire


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