Dois homens entraram na Justiça para ter direito ao reconhecimento de paternidade e a parte da fortuna do apresentador, estimada em R$ 6,4 bilhões
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| (Reprodução/Instagram) |
O direito à herança bilionária do apresentador Silvio Santos foi parar na Justiça após dois homens alegarem serem netos do comunicador. No entanto, a 11ª Vara da Família e Sucessões de São Paulo decidiu encerrar, sem analisar o mérito, a ação dos irmãos, segundo informações da coluna de Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo.
Hugo Sérgio Marques Júnior e Guilherme Augusto Marques entraram com uma ação na Justiça em março deste ano alegando que seu pai, Hugo Sérgio Marques, morto em 2015, seria filho biológico de Senor Abravanel, nome de batismo de Silvio.
O comunicador, morto em 2024, já havia sido alvo de um processo semelhante nos anos 1990, quando se recusou seis vezes a realizar exame de DNA. Na ocasião, o Tribunal de Justiça concluiu que não havia provas suficientes para estabelecer a paternidade.
No caso da família Marques, em 1996, Hugo Sérgio sustentou na Justiça que ele era fruto de um relacionamento de sua mãe, Wilma Marques, com o bilionário apresentador. Silvio não compareceu às audiências do caso e, na época, o Tribunal de Justiça de São Paulo considerou que não havia provas suficientes para comprovar o vínculo biológico.
Uma herança bilionária
Com a morte do apresentador, os irmãos tentaram retomar o caso, pedindo exumação do corpo ou coleta de material genético das seis filhas de Silvio: Cintia, Silvia, Daniela, Patrícia, Rebeca e Renata Abravanel. A defesa das herdeiras, representada pelo advogado Luiz Kignel, argumentou que a ação feria a coisa julgada, já consolidada há quase três décadas.
Na sentença, proferida na sexta-feira (17), a juíza Claudia Caputo Bevilacqua Vieira destacou que o exame de DNA era viável na época do primeiro processo, mas não ocorreu por escolha de Silvio Santos, e que os autores não apresentaram elementos novos. Assim, considerou indevida a tentativa de reabrir o caso.
A herança do apresentador é avaliada em R$ 6,4 bilhões, incluindo bens no Brasil e no exterior. Além de não ganharem direito à herança de Silvio Santos, os irmãos foram condenados ao pagamento de R$ 20 mil em honorários advocatícios, embora beneficiados pela gratuidade de Justiça. Ainda cabe recurso ao Tribunal de Justiça de São Paulo e, em última instância, ao STJ e ao STF, sob o argumento de violação ao direito à identidade genética.
Fonte:infomoney
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