Autora baiana perdeu o fio da meada na condução da novela que se supunha remake do clássico de Gilberto Braga
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A maravilhosa Débora Bloch salvou a novela de um naufrágio completo Crédito: divulgação |
Longe de ser a unanimidade que marcou a primeira versão, escrita por Gilberto Braga em 1988, o remake de Vale Tudo chegou à última semana de exibição com constatações inegáveis. Primeiro: a autora Manoela Dias se perdeu completamente na história, modificando o texto original e deixando furos inacreditáveis para alguém que já havia demonstrando tanto talento na teledramaturgia. Segundo: a Odete Roitman da maravilhosa Débora Bloch foi a única coisa que ‘salvou’ a novela de um naufrágio completo. Mais do que saber quem matou Odete Roitman, a pergunta mais pertinente seria “por que Manuela Dias matou Vale Tudo?”.
Há ainda uma terceira observação urgente. A autora baiana errou feio com Raquel, relegando ao espaço de mera coadjuvante a grande heroína da trama, que deveria contrapor com sua retidão de caráter as falcatruas de Odete, Maria de Fátima e Marco Aurélio. Taís Araújo reclamou, chamando atenção para o racismo estrutural que Manuela demonstrou ter com a personagem, e parece que a coisa só piorou. Raquel, interpretada na versão original por Regina Duarte, se transformou numa pessoa chata, dona de um pensamento raso e quase sem direito à felicidade ou ascensão social.
Questionada pela imprensa se havia ouvido as críticas de sua protagonista, Dias resumiu o descontentamento da atriz de uma forma irônica: “Novela é colaboração, né? É isso...” Colaboração essa que parece não ter existido na prática.
Vale Tudo
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Outro incômodo constante ao longo de Vale Tudo foi a quantidade de merchandising distribuída ao longo dos capítulos. Tanto que a Globo chegou a festejar a novela das 21h com maior faturamento na história da emissora. Foram cerca de R$ 200 milhões em arrecadação, com alcance de mais de 141 milhões de pessoas nas redes sociais.
Fonte; Correio24horas
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