O prefeito licenciado de Goiânia, Maguito Vilela (MDB), completa, neste domingo (10), 80 dias desde que foi internado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para tratamento de complicações da Covid-19. Segundo o boletim médico do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, o político segue sedado, em diálise, e traqueostomizado em ventilação controlada.
Ainda segundo o boletim, Maguito faz uso de drogas vasoativas para o tratamento de uma infecção pulmonar diagnosticada na última quinta-feira (7). Segundo o filho dele, Daniel Vilela, informou ao G1 na sexta-feira (8), o pai está reagindo bem com o uso de antibióticos para tratar a nova infecção nos pulmões.
No dia, Daniel disse ainda que essa é uma intercorrência considerada normal para casos tão prolongados de internação, mas que toda família está confiante.
Maguito Vilela foi empossado como prefeito de Goiânia no dia 1º por assinatura eletrônica, direto da UTI. Porém, no mesmo dia foi pedido afastamento do cargo para continuar o tratamento. O vice, Rogério Cruz, assumiu a administração municipal.
O político apresentou piora e foi entubado novamente em 15 de novembro, dia do primeiro turno das eleições. Dois dias depois, o candidato iniciou o tratamento respiratório com ECMO, uma máquina que imita as funções dos pulmões.
Em 3 de dezembro, após testar negativo para Covid-19, Maguito foi transferido para um leito de UTI comum do hospital. Depois de dois dias, a ECMO foi retirada.
No dia 11, o político apresentou um sangramento nos pulmões e passou por uma cirurgia para controlar o quadro. Após o procedimento, ele não teve mais hemorragias nos órgãos e voltou a ter um quadro estável, com redução dos sedativos.
Em agosto de 2020, Maguito perdeu duas irmãs para a Covid-19 em um intervalo de menos de 10 dias. Elas tinham 82 e 76 anos e moravam em Jataí, cidade natal do político, localizada no sudoeste de Goiás.
O ex-deputado federal por Minas Gerais Bonifácio Andrada morreu nesta terça-feira (5), aos 90 anos, em decorrência de complicações provocadas por Covid-19. Ele estava internado desde o dia 16 de dezembro, no hospital Mater Dei, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte.
Bonifácio Andrada era casado e pai de oito filhos. Foi parlamentar federal por 40 anos, até janeiro de 2019. Sendo o político que ficou mais tempo em exercício no país. Foram 15 mandatos eletivos e 60 anos de atividade parlamentar.
Em 2017, o então deputado do PSDB, foi escolhido para ser o relator da denúncia contra o presidente da época, Michel Temer, ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Bonifácio foi advogado, jornalista, cientista político, doutor em direito público, professor universitário e político. Era Reitor da Universidade Presidente Antônio Carlos (Unipac), instituição que criou há 57 anos, além de presidente da Fundação José Bonifácio Lafayette de Andrada (Funjobe) – entidade mantenedora da Faculdade de Medicina de Barbacena também criada por ele, e Provedor da Santa Casa de Misericórdia de Barbacena.
Um dos filhos de Bonifácio, o deputado federal Lafayette Andrada (Republicanos), postou uma homenagem nas redes sociais: “Com imensa dor, comunico o falecimento de meu pai, o ex-deputado Bonifácio de Andrada, ocorrido hoje no hospital Mater Dei em Belo Horizonte”.
O governador Romeu Zema (Novo) usou o twitter para homenagear o ex-político. “Fui informado há pouco do falecimento do advogado, professor e jornalista Bonifácio Andrada, homem público com longa trajetória em favor de Minas Gerais, em especial na Câmara dos Deputados. Presto minha solidariedade a amigos e família nesse momento de dor”.
A família informou que o sepultamento será nesta quarta-feira (6), em Barbacena, na Região da Zona da Mata, em Minas Gerais, terra natal do ex-parlamentar.
A cerimônia será no cemitério da igreja Nossa Senhora da Assunção e devido à pandemia será restrita aos familiares.
O hospital não se pronunciou sobre a morte do político.