F.M.F x Ruy Barbosa / amistoso de futsal feminino / Foto: Léo Bueno |
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As queixas no DownDetector vêm se acumulando desde hoje de manhã. “Estou desde 5h tentando entrar e não carrega nenhuma função do app”, explica um cliente da Caixa. “Desde às 7h não consigo ter acesso a conta, fica somente carregando”, afirma outro.
Nos testes do Tecnoblog pela manhã, o aplicativo travava na tela “estabelecendo conexão segura” e não permitia acesso a recursos como saldo, extrato, pagamento de boleto e Pix. À tarde, o app funcionava normalmente.
A Caixa informa ao Tecnoblog que o aplicativo Caixa Tem está indisponível “em razão de problema em ambiente da provedora de serviços IBM, que é responsável pelo tráfego de informações do aplicativo”. O banco acionou a IBM para que o caso seja resolvido “o mais rapidamente possível”.
De fato, em seu painel de status, o IBM Cloud avisa que sofreu um problema no sistema de resfriamento do datacenter SAO01, em São Paulo. A empresa confirmou a falha às 11h44 (horário de Brasília). Às 14h26, a empresa disse que esse contratempo havia sido resolvido, e que os serviços devem voltar ao normal nas próximas horas.
O gráfico do DownDetector mostra que, mesmo às 16h, a pane no Caixa Tem ainda não foi solucionada. Os comentários mais recentes mencionam estar presos na fila de espera.
Nos últimos dias, o governo seguiu seu calendário para liberar o auxílio a diversos grupos de beneficiários:
O Caixa Tem foi responsável por um rápido processo de bancarização no Brasil durante a pandemia: o número de pessoas sem conta em banco despencou 73%, segundo um estudo realizado pela AMI (Americas Market Intelligence) em parceria com a Mastercard.
A Caixa deve oferecer em breve mais produtospara beneficiários do auxílio emergencial, incluindo títulos de capitalização, microcrédito, microsseguro e outros. A conta digital também deve ser usada para distribuir o Bolsa Família, o que pode aumentar ainda mais a demanda pelos serviços do app.
O TJDF (Tribunal de Justiça do Distrito Federal) decretou ontem a prisão preventiva do delegado da Polícia Civil, Marcelo Marinho de Noronha, preso na sexta-feira (4) por suposto tráfico de drogas. Ele foi flagrado com uma plantação de maconha em casa. Além do delegado, a mulher e dois filhos dele estão presos preventivamente pelo mesmo motivo.
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A defesa da família nega tráfico e argumenta que a plantação em moldes industriais era para uso medicinal para depressão e que o delegado pretendia montar uma empresa para vender canabidiol, princípio ativo da maconha. O cultivo da planta é proibido no Brasil.
A plantação foi encontrada em uma casa que a família mantinha em São Sebastião, região administrativa do Distrito Federal. No local, havia mais de 100 pés de maconha no quintal, além de sementes da planta armazenadas.
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Marcelo atualmente trabalha na Comissão Permanente de Disciplina da Corregedoria-Geral da Polícia Civil, departamento que apurou a denúncia anônima que resultou na prisão.
Em nota ao UOL, a corporação afirmou que não poderia repassar informações sobre o caso porque os "procedimentos da corregedoria são sigilosos", mas confirmou que a direção da polícia "pediu a exoneração do delegado envolvido nessa ocorrência".
O advogado da família presa, Cléber Lopes, disse que a prisão ocorreu por suposto crime de tráfico de drogas. Ele negou que os envolvidos tenham ligação com qualquer tipo de venda ilícita do entorpecente.
Além do delegado, estão presos Teresa Cristina Cavalcante Lopes, e os dois filhos, Marcos Rubenich Marinho de Noronha e Ana Flavia Rubenich Marinho de Noronha. O advogado adiantou que deverá entrar amanhã com pedido de liberdade ao TJDF em favor da família.
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De acordo com Cléber Lopes, a Polícia Civil pediu a prisão da família após monitorar os envolvidos ao longo de dez dias. As investigações teriam sustentado que o delegado visitava a casa duas vezes ao longo do dia, o que reforçaria a suspeita sobre eventual tráfico de drogas.
"A polícia descreveu atos completamente rotineiros da família, como o fato de ele ir à chácara duas vezes ao dia. Como maconha é planta, tem que regar de manhã e de tarde. Não tem nenhuma evidência de tráfico, como algum fato externo ou alguém que comprou maconha dele. Não tenho dúvida da absolvição no mérito", afirma o advogado.
A defesa alega que Noronha tem uma receita médica obtida nos Estados Unidos que o orienta a consumir canabidiol como alternativa de tratamento para ansiedade e depressão. Porém, a defesa não soube precisar se a receita tem validade no Brasil. A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) proíbe o cultivo da planta em território nacional.
Segundo a defesa, o delegado tinha intenção de ter uma empresa para venda de canabidiol, em caso de liberação da substância pela Anvisa, o que justificaria a quantidade de plantas cultivadas no imóvel. Ele já teria até modelos de contrato de vendas futuras.
"Eles acreditavam que plantando e desenvolvendo, pudessem produzir de maneira comercial quando a Anvisa permitisse. Ele chegou a minutar o contrato da empresa formada no futuro. O cara que é traficante vai fazer contrato de uma empresa de canabidiol?", critica o advogado.
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Em 4 de setembro, a juíza Cristina Serra Feijó, da 33ª Vara Cível do Rio de Janeiro, atendeu pedido do senador Flávio Bolsonaro e proibiu a TV Globo de exibir qualquer documento ou peça da investigação sobre o suposto esquema de "rachadinha" no gabinete de Flávio enquanto ele era deputado estadual no Rio. "Não tenho nada a esconder e expliquei tudo nos autos, mas as narrativas que parte da imprensa inventa para desgastar minha imagem e a do presidente Jair Messias Bolsonaro são criminosas", publicou Flávio nas redes sociais, à época, justificando o pedido.
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Na ocasião, a emissora parou de veicular reportagens sobre o tema e classificou a decisão como cerceamento à liberdade de informar, uma vez que a investigação é de interesse de toda a sociedade.
A defesa do senador Flávio Bolsonaro apresentou à Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática) denúncia de que a TV Globo teria descumprido a ordem judicial, e o delegado Pablo Dacosta Sartori iniciou investigação sobre suposta "desobediência a decisão judicial sobre perda ou suspensão de direito".
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Dentro da investigação, na última quarta-feira (2), determinou que os apresentadores do Jornal Nacional sejam intimados a depor na próxima quarta-feira, dia 9, na sede da DRCI, em Benfica (zona norte do Rio). Renata deve depor às 14h e Bonner, às 14h30. Se algum deles não comparecer, segundo a notificação, terá praticado crime de desobediência, punido com detenção de até seis meses e multa.
Procurada pela reportagem, a TV Globo informou que "não se manifesta sobre procedimentos legais em curso".
O Estadão perguntou à defesa de Flávio Bolsonaro em que momento o Jornal Nacional teria descumprido a ordem judicial, mas não recebeu resposta até a publicação desta reportagem