terça-feira, 16 de setembro de 2025

Derrite diz que será criada força-tarefa para prender assassinos de ex-delegado-geral da Polícia Civil



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Ruy Ferraz Fontes foi morto a tiros por criminosos nesta segunda (15) em Praia Grande, litoral de São Paulo. Ex-delegado-geral do estado tinha 68 anos. Polícia investiga autoria do crime e motivo.


Ruy Ferraz Fontes foi executado a tiros em Praia Grande, SP — Foto: Prefeitura de Praia Grande e Reprodução

O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, disse que criará uma força-tarefa para prender os assassinos do ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes, de 68 anos.

"Lamento o assassinato do delegado aposentado Ruy Ferraz Fontes, secretário em Praia Grande e ex-delegado geral. Determinei integração de força-tarefa, com prioridade definida pelo gov. Tarcísio, para prender os criminosos. O procurador-geral de Justiça ofereceu o apoio do Gaeco", afirmou Derrite nas redes sociais.

Fontes foi morto a tiros na tarde desta segunda-feira (15) em Praia Grande, no litoral paulista. As autoridades ainda não sabem quem matou o ex-delegado e qual foi o motivo do crime. O atual delegado-geral, Arthur Dian, foi para onde o crime ocorreu para participar das investigações iniciais.

Câmeras de segurança gravaram o momento em que criminosos num carro perseguem o veículo da vítima, que bate num ônibus. Em seguida, o grupo desembarca do automóvel e atira em Ruy.

A morte de Ruy foi confirmada pela Prefeitura de Praia Grande, onde ele comandava a pasta de Administração desde 2023. Antes, no entanto, foi uma das autoridades mais atuantes diante da facção criminosa e de seu chefe, Marcola.

A diretora do Instituto Sou da Paz lamentou a morte de Ruy Fontes, mas ressaltou sobre a importância de não ter mortes de inocentes na Baixada Santista.

"Brutal a execução do ex-delegado geral Ruy Ferraz Fontes na Baixada Santista esta noite. Minha solidariedade à família. Resta às polícias apurar urgentemente o caso. Há que ser duro com esse caso, mas não podemos ter mais matança na Baixada Santista. É preciso agir com inteligência e investigação e não mais violência", afirmou.

Em nota, a Associação dos Delegados de Polícia do Brasil (Adepol do Brasil) manifestou indignação e solidariedade diante da morte de Fontes.

"Trata-se de uma tragédia de proporções inenarráveis, que atinge não apenas a Polícia Civil, mas toda a sociedade brasileira, pois cala uma voz firme e comprometida com a lei, a justiça e a proteção da cidadania. Sua dedicação, coragem e os enormes prejuízos impostos às organizações criminosas fizeram dele alvo da violência que sempre combateu com bravura", disse a Associação.

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública lamentou a morte do ex-delegado geral. "A Secretaria da Segurança Pública lamenta, com profundo pesar, a morte do delegado Ruy Ferraz Fontes, ocorrida nesta segunda-feira (15), em Praia Grande, vítima de um atentado no bairro Vila Mirim".

Quem era Ruy Fontes

Ruy comandou a Polícia Civil paulista entre 2019 e 2022, quando foi indicado pelo então governador João Doria, à época no PSDB.

Ele também atuou no Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Departamento Estadual de Investigações contra Narcóticos (Denarc) e no Departamento de Polícia Judiciária da Capital (Decap).

"Estou em choque, fui o último a falar com ele [por telefone]", disse ao g1 Marcio Christino, ex-promotor que atuou no combate à quadrilha e suas lideranças, no início dos anos 2000 juntamente com Ruy, que era delegado no Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), na capital paulista. Atualmente é procurador de Justiça.

Christino chegou a mencionar a atuação de Ruy como delegado no livro "Laços de sangue: A história secreta do PCC", que escreveu com o jornalista Claudio Tognolli. Foram mais de 40 anos como policial

"[Ruy] foi uma das pessoas que prendeu o Marcola ao longo da história do PCC, que esteve passo a passo nesse enfrentamento ao PCC, e ser executado dessa maneira. Isso mostra, infelizmente, o poderio do crime organizado, a falta de controle que o crime organizado tem dentro do Brasil, dentro do estado de São Paulo. É uma ação extremamente ousada", disse Rafael Alcadipani, professor da Faculdade Getulio Vargas e membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Formado em Direito pela Faculdade de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, Ruy se tornou delegado depois e começou a investigar o PCC no início dos anos 2000. Quando estava no Deic, ele participou das prisões de algumas das lideranças, incluindo Marcola, por tráfico de drogas, formação de quadrilha e outros crimes relacionados à facção.

Em 2006, Ruy e sua equipe de policiais indiciaram Marcola e a cúpula do Primeiro Comando da Capital.

Segundo Christino, ele, Ruy e todas as autoridades, sejam elas do MP ou da polícia que atuaram no combate à facção, já foram ameaçados antes pelo PCC. "Ele [Ruy], eu e todos que trabalharam naqueles casos, inclusive nos ataques de 2006".

Indagado se Ruy lhe contou se estava recebendo ameaças recentemente, Christino respondeu que "não".

Infográfico - Dr. Ruy Ferraz é morto a tiros em praia Grande — Foto: Arte/g1


Fonte:G1 Globo



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