domingo, 13 de julho de 2025

Como o vírus da Covid-19 usa os testículos para se multiplicar

Estudo mostra como o coronavírus interfere diretamente no metabolismo reprodutivo de homens

Vírus se instala nos testículos, usa colesterol e afeta produção de hormônios masculinos Crédito: Freepik


Pesquisadores brasileiros descobriram que o coronavírus é capaz de invadir células dos testículos responsáveis pela produção de testosterona. Uma vez lá dentro, ele usa a estrutura celular e o colesterol presente para se multiplicar.

Essas células, chamadas de células de Leydig, são ricas em colesterol, que normalmente é usado para produzir o hormônio masculino. Mas, ao serem infectadas, passam a ser usadas como fábrica pelo vírus.

Vacinação contra a gripe e Covid-19 por Leonardo Rattes / Saúde GovBA

Edicase]A vacina contra a covid-19 é indicada anualmente para grupos prioritários (Imagem: PeopleImages.com – Yuri A | Shutterstock) por Imagem: PeopleImages.com – Yuri A | Shutterstock

Edicase]A vacina contra a covid-19 continua sendo importante (Imagem: AmazeinDesign | Shutterstock) por Imagem: AmazeinDesign | Shutterstock

Bahia receberá novas doses da vacina Covid-19 nesta quinta-feira por Divulgação/ Saúde GovBA

Pesquisa foi feita com camundongos

O estudo foi conduzido por cientistas da Faculdade de Odontologia da Universidade Estadual de São Paulo (FOAr-Unesp) em parceria com a Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto. Eles usaram camundongos geneticamente modificados para expressar o receptor ACE2, a “porta de entrada” do vírus nas células.

Esses camundongos desenvolvem sintomas semelhantes aos de humanos e mostraram concentração de ACE2 nas mesmas células que existem nos testículos humanos.

Testosterona em queda e células com novo comportamento

A infecção causou uma mudança importante nas células de Leydig. Elas pararam de produzir testosterona normalmente e passaram a funcionar como células do sistema imunológico.


Mesmo com pouca produção hormonal, estavam carregadas de lipídios – resultado da maior captação de colesterol, induzida pelo próprio coronavírus.

Homens sofrem mais com a doença

A coordenadora do estudo, Estela Sasso-Cerri, da FOAr-Unesp, explica que o vírus não só atrapalha a produção hormonal como transforma a célula em um alvo perfeito por causa da sua estrutura interna.

Segundo ela, os resultados ajudam a entender por que homens com quadros graves de COVID-19 apresentam baixos níveis de testosterona e colesterol. A descoberta também pode explicar por que a doença é mais severa e letal entre pacientes do sexo masculino.

As informações foram retiradas da Agência Fapesp.


Fonte: correio 24horas

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Perigo para os jovens: o risco por trás da moda de misturar energético com álcool

Apesar dos alertas nos rótulos e da preocupação de especialistas, a mistura de bebidas energéticas com álcool segue popular entre jovens brasileiros. Médicos apontam riscos cardíacos, comportamentais e defendem campanhas de conscientização

Embora haja um reconhecimento sobre os potenciais riscos da mistura de bebidas alcoólicas com energéticos, não existe regulamentação que proíba a venda desses produtos de forma associada - (crédito: Meta AI )


As bebidas energéticas, como conhecemos, surgiram entre os anos 1980 e 2000 e conquistaram um público variado em todo mundo. No Brasil, elas são facilmente encontradas em supermercados e distribuidoras, pois se tratam de um produto regulamentado. No entanto, casas de shows, bares e boates comumente vendem essas bebidas em combos e drinks com bebidas alcoólicas. Uma combinação popular em festas e eventos noturnos — servida em baldes de gelo e com preços promocionais — que pode representar riscos à saúde, especialmente entre os jovens.

Para alertar sobre o potencial dano, existe a obrigatoriedade de informar no rótulo do energético que o uso associado não é recomendado, mas especialistas de saúde acreditam que o aviso não alerta efetivamente os consumidores

Rafael*, de 17 anos, diz que já passou por períodos onde o consumo foi mais frequente durante festas e eventos. Atualmente, ele reduziu esse hábito por sentir que não conseguia descansar após o consumo. “Além da rápida embriaguez ao consumir a mistura dessas duas bebidas juntas, um dos efeitos que eu sinto é aquela sensação de não conseguir parar, não conseguir ficar quieto num lugar só, precisar estar em constante movimento e também uma desidratação constante”, relata.

Em tese, o jovem, que é menor de idade, não poderia ter acesso a essa mistura, pois a venda de bebidas alcoólicas é proibida para menores de idade. No entanto, a realidade se impõe e, na prática, jovens com menos de 18 anos também fazem parte do público que consome energético com bebidas alcoólicas. 

Matheus Reginato, de 19 anos, que mora em Brasília, afirma que consome álcool com energético periodicamente e nunca sentiu nenhuma reação adversa. No entanto, ele é alertado com frequência sobre os riscos por pessoas próximas a ele. “Já pesquisei, e sou constantemente informado por parte dos meus familiares. Pelos riscos acredito que seja pouco divulgado”, comenta.

Por outro lado, a moradora de Paracatu (MG), Julia Barbosa, de 18 anos, tem uma percepção diferente sobre a reação dessa mistura. Ainda assim, não deixa de consumir. “Quando eu tomo esse tipo de bebida, me dá uma palpitação muito forte ou o coração começa a acelerar muito, só que a gente fica bem mais animado, bem mais para cima e um pouco fatigado”, contou ao Correio

A jovem comenta ainda que vê o consumo da mistura como frequente entre os jovens nas festas. Para ela, a prática pode ser vista por esse público como um meio de ingerir bebida alcoólica de “forma mais agradável” devido ao sabor adocicado do energético. 

Assim como a família de Matheus, que o alerta constantemente, muitos pais e mães se preocupam com o a saúde dos jovens que aderem à moda de misturar as bebidas energéticas com álcool.

A empresária Daniella Wassouf, de Brasília, tem dois filhos jovens. A Maria Eduarda, de 25 anos, e o João Pedro, de 19. Para ela, essa questão é delicada pois, na família, já existe história de questões cardíacas relacionados ao uso de energéticos, por isso, ela conversa com os filhos com frequência, embora tenha a clara percepção de que os ambientes em que eles convivem apresentam perigos constantes. 

"Eu sempre orientei eles a não misturar o energético com bebida alcoólica. Mas isso é praticamente impossível na vida social que eles têm. Eles vão para festa, para shows e o que mais tem nesses ambientes é oferta do energético com vodca. É a bebida gostosa e docinha que engana. Eu fico um pouco preocupada porque o pai deles, quando toma energético, o coração acelera um pouco, então ele evita. Os meninos nunca tiveram problema, porém eu realmente oriento para não misturar, mas é meio bem complicado, meio difícil?"

Quem enfrentou problemas na associação do álcool com o energético foi o ator Rafael Zulu. Em entrevista ao programa Sem censura, em maio deste ano, ele contou que foi parar no hospital após consumir energético com bebida alcólica em grande quantidade. O ator ficou internado por quatro dias e recebeu o diagnóstico de fibrilação atrial. 

"Minha família historicamente tem pressão alta, é hipertensa, mas eu nunca tive nada, minha pressão é de criança. A médica me falou 'cara você está com uma fibrilação atrial'. Seu coração em vez de estar batendo no compasso, está batendo descompassado. Você vai ficar internado porque a evolução disso pode virar um trombo ou AVC. É muito comum isso acontecer", comentou o ator.  

Riscos da mistura do álcool com energético

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou, em 2005, que as empresas que produzem bebidas energéticas informem nos rótulos que não é recomendado misturar o produto com bebidas alcoólicas. A decisão foi tomada com base em discussões regulatórias internacionais que indicam que essa mistura aumenta a chance de comportamentos de risco e de intoxicação alcoólica. Isto porque favorece o consumo excessivo e reduz a percepção de embriaguez em função do efeito estimulante da cafeína presente nos energéticos. 

Arthur Guerra, psiquiatra especialista em dependência de álcool e drogas e saúde mental do Hospital Sírio Libanês, explica que a redução da sensação de embriaguez leva o usuário a consumir mais álcool e tomar decisões perigosas que podem ser fatais. O especialista explica que essa prática recebe o nome de binge drinking e é mais nociva entre os jovens.

“O cérebro dos jovens ainda está em desenvolvimento. Isso dura até mais ou menos os 25 anos. Então, especialmente na região do córtex pré-frontal, existem alterações que, com a mistura de bebidas energéticas com álcool, mudam de forma radical a tomada de decisão, controle dos impulsos e avaliação de risco. Isso para o jovem pode ser fatal”, declara o especialista. 

Outro risco que a ingestão de álcool e energético pode gerar, especialmente em excesso e com frequência, está relacionado à saúde do coração. Médicos apontam que existe um risco cardíaco relevante, especialmente para aqueles que já têm predisposição ou alguma condição anterior. Segundo o cardiologista Fernando Torres, da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), entre os jovens esse alerta soa ainda mais alto porque, em geral, esse grupo não realiza check-ups. Ele orienta que é necessário se informar sobre o histórico familiar e procurar o médico regularmente para evitar maiores questões.

“O paciente que tem fator de risco, problema no coração, hipertensão não é recomendado nem o uso abusivo do energético, muito menos a associação com a bebida alcoólica. Isso pode agravar, induzir arritmias, causar descontrole da pressão arterial e o paciente ter consequências graves, infarto, AVC, e pode aumentar o risco de morte sim”, comenta Fernando Torres, médico da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). 

Aviso no rótulo informa, mas não alerta
A composição das bebidas energéticas é regulamentada pela ANVISA através da RDC nº 719, de 2022. Ao Correio, a Agência informou que a resolução exige que as bebidas energéticas tenham uma quantidade de álcool inferior a 0,5 ml por 100 ml. “Além disso, os rótulos dessas bebidas deve veicular os seguintes alertas em destaque e negrito: a) "Crianças, gestantes, nutrizes, idosos e portadores de enfermidades: consultar o médico antes de consumir o produto"; e b) "Não é recomendado o consumo com bebida alcoólica", afirma.

Os médicos ouvidos pela reportagem apontam que o aviso presente no rótulo do energético é importante, porém insuficiente para alertar efetivamente sobre os riscos do consumo associado. 

“É um aviso romântico. É um aviso que não convence ninguém. O que falta mesmo são campanhas maiores, campanhas de prevenção e de educação?” reflete o psiquiatra Arthur Guerra.

Na mesma linha, o cardiologista Fernando Torres, da SBC, pondera que deveria haver uma campanha nacional de conscientização. “Informar ao pessoal sobre essa associação o quanto pode ser perigosa. Os alertas que são obrigatórios são muito discretos e as pessoas às vezes não percebem”, comentou. 

Médicos defendem campanhas de conscientização mais amplas 

O psiquiatra Arthur Guerra aponta que o ideal seria que a população em geral, e de modo especial os jovens, fossem alertados sobre os possíveis riscos da ingestão de álcool com energético. E para isso, campanhas nacionais amplas e baseadas em dados científicos deveriam ser realizadas. "Essas campanhas deveriam divulgar os efeitos adversos dessa combinação, como o mascaramento da percepção de embriaguez, o aumento do risco de ingestão excessiva de álcool e os impactos ao sistema cardiovascular. O ideal é que essas informações sejam transmitidas de maneira acessível", comenta.

Para o médico, essas campanhas deveriam ter, como embaixadores pessoas relevantes e famosas capazes de se comunicar com os jovens. "O modelo mais eficaz seria aquele que utiliza porta-vozes com os quais os jovens se identifiquem — como artistas, influenciadores ou atletas — que abordem o tema de forma direta, transparente e empática. Mais do que uma atuação publicitária, é importante que esses representantes 'vistam a camisa' da causa, transmitindo a mensagem de forma autêntica. Essa identificação facilita o engajamento do público e torna a comunicação mais eficiente", pontua. 

Já o cardiologista Fernando Torres defende que as campanhas deveriam ser amplas e conscientizar, de modo geral, sobre os hábitos nocivos à saúde. "Seriam campanhas de prevenção de eventos cardiovasculares, conscientizando sobre hábitos de vida mais saudáveis. Não seriam campanhas mencionando diretamente o uso de energéticos com álcool, mas contra todos os hábitos nocivos à saúde, como o tabagismo e sedentarismo, por exemplo", comenta.

Perigoso, porém liberado 

Embora haja um reconhecimento da classe médica e da Anvisa sobre os potenciais riscos da mistura de bebidas alcoólicas com energéticos, não existe regulamentação que proíba a venda desses produtos de forma associada. 

A reportagem do Correio localizou diversos casos de bares e casas de show que vendem combos de bebidas destiladas como gin, vodca e uísque com latas de energético. Também foram encontrados drinks que misturam as bebidas com extratos, frutas e licores. Uma loja de Brasília oferece como presente para o aniversariante que levar 25 convidados um combo de vodca Absolut com cinco energéticos, além da mesa decorada com balões. 

Outras unidades não vendem garrafas de bebidas sem o energético. O Correio preferiu não divulgar os nomes dos estabelecimentos, pois não há nenhuma irregularidade na venda desses produtos. 

A responsabilização dos estabelecimentos é um ponto que divide opiniões entre os consumidores. Para Matheus, a venda dos combos estimula a compra. “Até porque parece algo normal e prático”, destaca. No entanto, o jovem acredita que o consumo é uma escolha individual. 

Júlia, entretanto, acredita que os locais de venda também precisam ter responsabilidade na conscientização. “Os estabelecimentos devem sim ser responsabilizados por venderem os combos, porque eles têm a opção de não vender junto para não influenciar, porém, preferem vender por uma questão mais rentável mesmo”, comenta. 

O jovem Rafael assume uma postura mais moderada. Para ele, a questão vai além da responsabilização dos estabelecimentos. “Ou toda a comunidade da venda de destilados, é, entra em um consenso, ou esse problema vai continuar acontecendo”, argumenta. “Porque se um estabelecimento parar de vender o outro estabelecimento vai estar vendendo”. 


Não há lei que proíba a venda de álcool e energético 

Procurada, a Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas não Alcoólicas (ABIR), destacou que as bebidas energéticas contêm componentes estimulantes em níveis seguros, encontrados, inclusive, em outros produtos consumidos no cotidiano da população, como café. A ABIR afirmou que “as bebidas energéticas são atualmente vendidas em mais de 175 países pelo mundo, estando em conformidade com as melhores e mais aprimoradas regulações internacionais”.


Além disso, a associação informou que o setor de bebidas energéticas do Brasil tem um compromisso, uma espécie de pacto das empresas associadas para a composição, rotulagem e comercialização responsável. Um dos pontos deste compromisso trata justamente da relação de energético com álcool. “Não promover ou fazer qualquer alegação sobre a neutralização dos efeitos do álcool em função do consumo de bebidas energéticas associado a bebidas alcoólicas”, diz o documento. 

A Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe) também foi procurada e afirmou que observa as tendências de mercado e não incentiva a mistura de álcool e energéticos. “Temos acompanhado com atenção as discussões em torno da mistura de bebidas alcoólicas com energético, especialmente diante da visibilidade que esse tema ganhou nas redes sociais. Trata-se de um assunto que já mobiliza uma postura clara por parte das empresas associadas: essa não é uma combinação recomendada e, por isso, não é incentivada em seus canais de comunicação. Cada marca orienta seus consumidores com base nas características dos próprios produtos e no compromisso com práticas responsáveis. Seguimos atentos às tendências de consumo e abertos a avaliar temas que mereçam atenção adicional do setor" afirmou, em nota, Cristiane Foja, presidente executiva da Abrabe.

A Associação Brasileiras de Bares e Restaurantes (Abrasel) informou que “orienta os bares e restaurantes a sempre seguirem as recomendações das autoridades de saúde, além de cumprir as normas legais de órgãos como a Anvisa”. “No caso específico das interações entre bebidas alcoólicas e bebidas chamadas de "energéticos", no entanto, não há hoje nenhum tipo de campanha específica promovida pela entidade junto ao mercado de alimentação fora do lar”, diz o texto. 

O Correio procurou três marcas, incluindo duas das maiores fabricantes de energéticos no Brasil para saber sobre campanhas de conscientização para além do aviso no rótulo. Em resposta, a Red Bull afirmou que “não comenta sobre ações e/ou campanhas internas da companhia” e ressaltou que as informações legais constam na lata do produto. 

Já a brasileira Baly apresentou a Edição Celebre, energéticos disponíveis nos sabores Champanhe, Caipirinha e Floripa Tropical Spritz, mas sem álcool. Segundo a companhia, o lançamento tem o objetivo de “oferecer uma opção saudável e atrativa para as celebrações diárias e baladas”. A Monster não respondeu. 

O Correio não localizou propostas legislativas que tratem da proibição da comercialização de energéticos com bebidas alcoólicas. Em que pese o tema seja delicado e demanda atenção para preservar a saúde da população, em especial dos jovens, ainda não encontrou respaldo no legislador. É importante salientar que existem níveis seguros de consumo das bebidas, e o risco está associado à mistura e consumo excessivo, principalmente para os jovens. 

Por fim, a Anvisa ressalta que ainda que a prática comercial não esteja vedada, é fundamental reforçar o direito do consumidor à informação adequada sobre os produtos que consome. “A rotulagem obrigatória contribui para esse direito ao oferecer orientações claras sobre a forma segura de uso dos produtos” .

(*) Nome fictício em respeito ao Estatuto da Criança e do Adolescente

Fonte:correiobraziliense


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Doc de O Globo humaniza lado mais controverso da Globo

Documentário O Século do Globo revela o papel do jornal na ditadura, com dramatizações, IA e depoimentos inéditos da família Marinho


Tony Ramos como Roberto Marinho no doc O Século do Globo - Foto: Reprodução


O Grupo Globo disponibilizou nesta semana o doc O Século do Globo, criado por Pedro Bial, que celebra os 100 anos do jornal O Globo, entrelaçando sua trajetória com momentos importantes da história do país. Dividido em quatro episódios, o projeto é bem produzido e habilmente estruturado. Destaque para Tony Ramos como o jornalista Roberto Marinho (1904–2003).

Sua atuação é tão convincente que, em certos momentos, chega a causar estranhamento. O telespectador pode se confundir, achando estar diante do próprio biografado.

Diante dos relatos, reflexões e revelações apresentadas, assistir ao documentário O Século do Globo é uma boa surpresa. A produção se destaca pela coragem de abordar temas sensíveis da história da imprensa brasileira, especialmente o papel de Roberto Marinho durante a ditadura militar.

Também se destacam as entrevistas com os filhos de Roberto Marinho - João Roberto, José Roberto e Roberto Irineu - que falaram , dentre outras coisas, sobre o processo de sucessão após a morte do pai. Os relatos dos biógrafos Leonêncio Nossa e Pedro Bial trazem perspectivas e histórias curiosas.

A série também impressiona pelas dramatizações cinematográficas e pela recriação da redação de O Globo, utilizando recursos de inteligência artificial e realidade aumentada.

Embora algumas narrativas exibidas possam gerar debate, o grande mérito de O Século do Globo está na sua ousadia: o documentário trata de temas delicados na história do maior grupo de mídia do país, de forma inédita.

Um exemplo é o trecho que aborda o início da TV Globo, em 1965, e sua relação com o grupo americano Time-Life, uma parceria que o Grupo Globo raramente admite como sociedade, mas que o documentário revela de forma clara e direta.

Méritos sobre o doc O Século do Globo

Pela primeira vez, um integrante da família Marinho fala abertamente sobre a relação institucional e pessoal com políticos. João Roberto Marinho, presidente do Grupo Globo, comenta sobre Dilma, Lula, Brizola, Bolsonaro e Temer. Além disso, o deixa claro que, ao contrário de seu pai, essa relação política hoje é conduzida com muito mais discrição.

Mas o principal mérito de O Século do Globo é conseguir humanizar um dos períodos mais controversos da história do jornal: seu apoio à ditadura militar. Segue alguns trechos:


Leonêncio Nossa, jornalista e biógrafo de Roberto Marinho: “No início de 64, você tem um país em convulsão, é uma série de crises, gente nas ruas, o campo está mais detalhado, você começa a ter nas cidades as grandes manifestações e os jornais vão se colocar ali bem, de forma muito crítica a ele. Só que quando os militares descem de Juiz de Fora e o golpe é consolidado, quando não tem mais jeito, aí há uma adesão do Globo ao novo regime.”

João Roberto Marinho, presidente do Conselho e do Grupo Globo: “Assim, todos (os jornais) apoiaram aquele momento pela desordem que tinha no país. Mas assim, o que o Globo apoiou foi uma intervenção que estava prevista para acabar um ano depois, em 65, ter uma eleição para presidente e que desvirtua no caminho. Depois vem a linha dura".

Octavio Guedes, comentarista da GloboNews: “O Globo, ele se alinha à ditadura desde o primeiro momento. O Roberto Marinho tem esse famoso editorial em que ele confirma, que, como ele chamava, a Revolução de 64, o golpe, livrou o Brasil do comunismo. O Roberto Marinho é um notório anticomunista".

Roberto Irineu Marinho, vice-presidente do Conselho e do Grupo Globo: “Meu papai nunca se preocupou muito qual é o partido de cada um, o que é que pensa de cada um. Ele se preocupava quem era profissional e sabia trabalhar e trabalhava direito dentro do jornal. É engraçado que ele uma vez me comentou comigo que nunca foi traído por ninguém do Partido Comunista”.

Ernesto Rodrigues, autor da trilogia 'A Globo' : “O que ele queria era sobreviver como empresário. O que fica claro em todos os relatos que eu vi é que ele queria manter viva a empresa durante a ditadura. Então, não é também aquela imagem que se cristalizou muito dele como se fosse o paladino da ditadura. Ele aderiu, ele se submeteu à ditadura, mas não foi com muito prazer, eu ouso dizer isso”.

Em outro momento, a lembrança do sequestro de um jornalista de O Globo pelos militares reforça o clima de tensão vivido na época.

Vale a pena assistir ao documentário do jornal O Globo


Mais do que um simples retrato biográfico, O Século do Globo pode até soar chapa-branca em alguns trechos - e se esforça em fugir disso - mas oferece uma valiosa oportunidade para compreender como a mídia se posicionou em momentos decisivos da história do Brasil e como essas escolhas ainda reverberam nos dias de hoje.

Além disso, revela um Roberto Marinho por trás do mito do magnata das comunicações, mais humano, complexo e cheio de nuances. Vale a pena assistir e refletir. 

Parabéns aos envolvidos e ao O Globo, sem dúvida um dos jornais mais importantes do país nos últimos 100 anos.

Fonte:natelinha.uol


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sábado, 12 de julho de 2025

Troféu melhor bloco de 2025; Saiba quem foi o vencedor e quem ganhou o pix de R$ 50,00

Há 7 anos O Deixa Comigo Macajuba faz enquete em sua Fanpage para saber quem foi o Bloco ou festa de camisa que mais agradou ao público.

Foram inclusos todos os blocos e grupos que fizeram camisas, no total foram 6 que concorreram ao troféu que foi um patrocínio da Pizzaria Nova Cruz e Supermercado Guerra



Xodó & Cia ganhou disparado com 79 % dos votos




Xodó & Cia levou a melhor e foi o mais votado pelos internautas pelo 4º ano consultivo.

A Enquete obteve 185 votos, agradecemos a todos pela participação.

Comparado os dados do ano passado (2024), O Xodó & Cia aumentou de 73% para 79 %, O Bloco Arrastão da Pinga caiu para a última colocação e com a apresentação do Bloco Me Abraça, o Mella Guela caiu para a 3ª colocação, o número de participantes na enquete também caiu, isso por conta do bani do WhatsApp do Deixa Comigo Macajuba.

Jeane Fernandes ganhou o pix de R$ 50,00 (cinquenta reais) deverá entrar em contato com a redação do Deixa Comigo Macajuba até domingo, 20 de julho de 2025, para receber o prêmio.




Veja o vídeo do sorteio:

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Com o banimento do WhatsApp oficial, Deixa Comigo Macajuba segue com número provisório 074999207585; veja as 10 mais lidas da semana


Com o banimento do WhatsApp oficial, o Deixa Comigo Macajuba busca na justiça o direito de ter a conta do Whatsapp de volta a Empresa de comunicação avisa que está usando um número provisório 074999207585, apenas para o WhatsApp, ligação normal continua com 074999959451, nosso Zap oficial caiu, estamos trabalhando para solucionar o problema.


Veja as matérias mais lidas da semana:



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Flamengo vence, segue líder e empurra o São Paulo para perto do Z-4

Rubro-negro chegou a 27 pontos; Tricolor tem 12

Bruno Henrique comemora gol de Luiz Araújo • Gilvan de Souza/Flamengo

Bruno Henrique e Sabino • Gilvan de Souza/Flamengo

O Flamengo venceu o São Paulo por 2 a 0, neste domingo, no Maracanã, pela 13ª rodada do Campeonato Brasileiro. Luiz Araújo, cria de Cotia, marcou um e Walace Yan fechou o placar.

Com o resultado, o Flamengo segue na liderança do Brasileirão, com 27 pontos. O Cruzeiro, vice-líder, tem 24 e joga amanhã contra o Grêmio no Mineirão. Já o São Paulo continua em situação delicada no campeonato. Chegou à quarta derrota seguida, beirando a zona de rebaixamento com 12 pontos.

O São Paulo enfrenta o Red Bull Bragantino na próxima rodada, quarta (16), às 21h30, em Bragança Paulista. Já o Flamengo visita o Santos na Vila, no mesmo dia, só que um pouco antes, às 20h.

O Jogo

O Flamengo dominou a primeira etapa desde o começo. O rubro-negro imprimiu ritmo e ficou a maior parte do tempo com a bola. A primeira chance de perigo veio com um chute na trave de Léo Ortiz. O goleiro Rafael ainda teve sorte após a bola bater na perna dele e impedir que Plata fizesse no rebote.

Aos 7 minutos, Alex Sandro sentiu dores na perna e acabou tendo de ser substituído por Ayrton Lucas.

Enquanto isso, o São Paulo mal passava do meio campo. Mal conseguia trocar passes no campo de defesa com um time extremamente lento.

O rubro-negro teve outras duas boas chances antes do intervalo. A primeira, Wesley deu lindo corte em Sabino e exigiu um milagre do goleiro Rafael. Na sequência, Bruno Henrique lançou rasteiro na marca do pênalti e Gonzalo Plata chutou rente a trave.

O São Paulo ficou apenas 38% do tempo com a bola na etapa inicial. Finalizou duas vezes, enquanto o Flamengo chutou 13.

Segundo tempo

Logo no começo da etapa complementar, Ayrton Lucas e Enzo Díaz tiverem um choque forte no meio de campo. O lateral do Flamengo levou a pior no lance, acabou com um corte grande na canela, e teve de ser substituído. Varella entrou no lugar dele. O lateral do São Paulo continuou no jogo.

O São Paulo teve uma rara chance do Cedric após jogada construída pela esquerda, mas o lateral chutou pra fora. Aos 15 do segundo tempo, Luiz Araújo fez grande jogada, cortou pra esquerda e mandou no ângulo. Golaço do rubro-negro. O camisa 7 chegou a 9 gols na temporada.

Depois disso, Hernán Crespo mexeu no São Paulo, com as entradas de Ferreirinha e Ryan Francisco.

No fim, o Flamengo matou o jogo com gol de Walace Yan.





Fonte: CNN Brasil 

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Festa na Pizzaria Nova Cruz em comemoração ao Dia dos Pais domingo (10) de agosto




🎶 Traga seu pai e venha comemorar com a gente!
Show ao vivo na pizzaria Nova Cruz com Bruno leão, venha se divertir,e também se deliciar no nosso cardápio, muita animação para tornar o dia do seu pai mais do que especial.


Não perca essa oportunidade de celebrar momentos inesquecíveis em família!

Data: 10 de agosto ( domingo)

Horário: às 19h

Local: na praça Osvaldo Ribeiro- Nova Cruz 

Deixa Comigo Macajuba 14 anos O Blog do Povo Macajubense 

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Promoção Especial para o Dia dos Pais na Pizzaria Nova Cruz!

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🎉Sorteio no dia (10) de agosto, às 19h! 

Premiações:

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📅 A Pizzaria Nova Cruz funciona de segunda a domingo, das 18h às 23h.

📞 Contato: 99942-3200

Não perca essa oportunidade deliciosa! 



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O Evento Bye Bye João, que seria neste sábado (12) e domingo (13), foi adiado devido às condições climáticas.

 COMUNICADO IMPORTANTE

Por conta do tempo chuvoso, o nosso evento “Bye Bye São João” que seria nos dias 12 e 13 de julho foi adiado! 

Tudo pra garantir o conforto e a alegria de todo mundo!
Em breve, a gente divulga a nova data. Fiquem ligados!



Fonte: ASCOM 

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Morre aos 88 Jean-Claude Bernardet, importante crítico do cinema brasileiro

Velório de cineasta deve ser realizado neste domingo (13) na Cinemateca Brasileira, em São Paulo

Jean-Claude Bernardet em 2013, na Mostra de Cinema de Tiradentes (MG) • Wikimedia Commons

Um dos principais críticos do cinema nacional, Jean-Claude Bernardet morreu neste sábado (12), aos 88 anos. Conforme informações de amigos, ele teria sofrido um AVC e estava internado no Hospital Samaritano, em São Paulo (SP). O velório, aberto ao público, será realizado neste domingo (13) na Cinemateca Brasileira, também na capital paulista, das 13 às 17 horas.

Jean-Claude Bernardet também era ator, diretor, roteirista, escritor e professor. Nascido na Bélgica em 1936, ele passou a infância em Paris, na França, e se mudou para o Brasil com a família aos 13 anos, naturalizando-se brasileiro em 1964.

Interessou-se por cinema a partir do cineclubismo e começou a escrever críticas no jornal "O Estado de São Paulo" a convite de Paulo Emílio Salles Gomes. Autor de obras como "Brasil em Tempo de Cinema" (1967), "Trajetória Crítica" (1978), "O Que é Cinema" (1980) e "Cineastas e Imagens do Povo" (1985/2004), Bernardet foi referência para nomes icônicos do Cinema Novo, como Glauber Rocha.

Autor de filmes como “O Caso dos Irmãos Naves” (1967), “Eterna Esperança: Sem Pressa e Sem Pausa, Como as Estrelas” (1971), “Sobre os Anos 60” (1999) e “São Paulo: Sinfonia e Cacofonia” (1994), em agosto de 2024 Bernardet teve uma retrospectiva inédita de sua carreira no CCBB de São Paulo e do Rio de Janeiro.

Ele foi professor de História do Cinema Brasileiro na USP (Universidade de São Paulo) e um dos criadores do curso de Cinema da UnB (Universidade de Brasília).

Jean-Claude Bernardet era soropositivo e estava com a saúde fragilizada por um câncer de próstata reincidente, que decidiu não tratar com quimioterapia, e a visão prejudicada por uma degeneração ocular. De acordo com amigos, a filha do crítico, Lígia Bernardet está vindo dos Estados Unidos para velório.

Fonte:Cnnbrasil


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