A equipe econômica do governo junto ao ministro da
economia, Paulo Guedes, não trabalham oficialmente com a ideia de uma possível
nova prorrogação do auxílio emergencial de R$ 600 pago aos trabalhadores
informais e beneficiários do Bolsa Família. Entretanto de acordo com o portal Correio
Braziliense, os interlocutores do ministro
da economia não descartam uma possível nova prorrogação. “Tudo é possível
nesses tempos de grande incerteza”, informou uma das fontes ao Correio
Braziliense.
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O Auxílio Emergencial,
prorrogado em mais dois pagamentos, com um total de cinco parcelas passou a
custar R$ 254 bilhões pelas contas da equipe econômica.
O Auxílio Emergencial
foi o principal responsável por fazer os indicadores econômicos serem melhores
durante o período de pandemia, já que a medida deu suporte para o consumo das
famílias.
Promessa de novo Programa
O ministro Paulo
Guedes vem prometendo a entrega do novo programa assistencial, Renda Brasil com
o fim do auxílio emergencial. O projeto ainda segue sendo discutido e não está
totalmente explicado, o que sabemos é que o Renda Brasil será uma espécie de
ampliação do já existente Bolsa Família e deverá envolver outros programas
sociais como o abono salarial.
Na semana passada em
teleconferência com investidores, Paulo Guedes informou que o novo programa
teria R$ 52 bilhões e que o objetivo da equipe econômica agora é buscar mais
dinheiro “em fundo paralisados”. De acordo com Guedes, o novo benefício terá um
valor entre R$ 191 do Bolsa e os R$ 600 do auxílio emergencial.
Na última semana um pesquisa divulgada, mostrou
que o auxílio emergencial ajudou a melhorar a renda per capita dos
domicílios mês passado em 11,7%. O aumento da renda foi maior no Norte (26,2%)
e no Nordeste (23,6%).
A prorrogação também fez o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio
Vargas reduzir a queda do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano de 6,4% para
5,5%.
O
tamanho ideal
O economista Marcio
Holland, professor da FGV em São Paulo e ex-secretário de Política Econômica
(SPE), afirma que prorrogar o auxílio emergencial agravaria a situação das
contas públicas, porque o benefício é oneroso para o orçamento. No entanto,
defende a ampliação do Bolsa Família, um programa bem sucedido, que ajudou a
reduzir a desigualdade no país, e é relativamente barato para os cofres
públicos.
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O valor ideal para o
novo programa seria de R$ 100 bilhões, na avaliação de Holland. “O Bolsa
Família merece ser ampliado em três ou quatro vezes”, afirmou. “O Brasil
precisa disso, e não seria difícil alocar recursos de programas que não dão
retorno para a sociedade e só aumentam a desigualdade, como as pensões por
morte. O governo gasta mais de R$ 100 bilhões por ano com esse benefício que,
normalmente, é altamente regressivo, porque é destinado, em grande parte, para
pessoas mais ricas”, comparou.
Fonte: Itaberaba Notícias
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