De acordo com o boletim médico divulgado neste domingo (20), o estado de saúde de Nicette “era considerado muito grave”. Ela estava sedada e dependente de ventilação mecânica.
A filha de Nicette Bruno, a também atriz Beth Goulart, fez uma corrente de oração nas redes sociais para a recuperação da mãe. Na última publicação, ela deixou um recado para seus seguidores e afirmou que "a fé nos fortalece".
“Vamos orar pela melhora dela, pela cura dela. E, neste momento, aproveite para orar para você também e sua família. Para que você encontre as soluções necessárias para qualquer obstáculo e situação difícil que está vivendo. A fé nos fortalece em qualquer situação”, diz Beth em vídeo.
Nicette Xavier Miessa nasceu em Niterói (RJ), no dia 7 de janeiro de 1933. Começou a carreira ainda pequena, aos 4 anos, em um programa infantil na Rádio Guanabara.
Ela dizia que até por isso resolveu adotar o sobrenome da mãe, Eleonor Bruno Xavier, de família com tradição artística.
Com cerca de nove anos de idade, a jovem tomou gosto pelo teatro ao ingressar no grupo da Associação Cristã de Moços (ACM).
Depois disso, passou pelo Teatro Universitário e pelo Teatro do Estudante, criado pelo ator Paschoal Carlos Magno.
Aos 14 anos, já era atriz profissional na Companhia Dulcina-Odilon, da atriz Dulcina de Morais, na qual estreou na peça "A filha de Iório". Pela atuação como Ornela, recebeu prêmio como atriz revelação da Associação Brasileira de Críticas Teatrais.
A paixão pelo teatro também teve reflexo na vida pessoal. Aos 19 anos, conheceu Paulo Goulart, com quem compartilhou quase 60 anos de casamento, ao contracenar com o ator na peça "Senhorita Minha Mãe", no Teatro de Alumínio, futuro Paço Municipal, em São Paulo.
Os dois se casaram dois anos depois, em 1954, e ficaram juntos até a morte de Paulo, em 2014. Juntos, tiveram três filhos que seguiram a carreira dos pais: Paulo Goulart Filho, Bárbara Bruno e Beth Goulart.
"Eu e Paulo tínhamos uma afinidade cênica muito grande. Tanto que nos conhecemos em cena, né?", disse a atriz.
"Trabalhar juntos era muito bom, porque tínhamos a mesma seriedade, sabíamos separar a nossa relação. Quando estávamos em cena, éramos personagens, não a nossa individualidade."
O casal também fundou em 1953 a companhia Teatro Íntimo de Nicette Bruno, que teve participação de nomes como Tônia Carrero e Walmor Chagas.
Pouco tempo antes, começou também sua carreira na televisão. Em 1950, com a estreia da TV Tupi, participou de recitais e de teleteatros.
"Tudo isso era a época de televisão ao vivo, não havia ainda o videoteipe. Nós fazíamos televisão como fazíamos teatro. Era um teatro televisionado", afirmou Nicette. "Com o videoteipe, começou-se a se criar uma nova linguagem de atuação em televisão."
Na emissora, atuou na primeira adaptação do "Sítio do Picapau Amarelo", exibida entre 1952 e 1962. Anos depois, estrelaria uma segunda versão da obra de Monteiro Lobato, produzida pela Globo entre 2001 e 2004, como Dona Benta.
“O diretor Roberto Talma queria que a Dona Benta tivesse uma identificação com a criança de hoje, mas preservando a essência da personagem", contou sobre a atuação.
"Achei muito interessante a ideia de ela se comunicar com o Pedrinho via internet, ao mesmo tempo dizendo ao neto: 'Olha, tem tempo que você não me escreve uma carta ou um bilhete. Não devemos nos comunicar só por meio do computador. A emoção da escrita é muito grande, e eu quero sentir essa sensação'. Fiquei conhecida pelo público como Dona Benta."
Após trabalho na TV Continental com Paulo Goulart, estreou em sua primeira novela com "Os fantoches", em 1967, na TV Excelsior.
Voltou então à Tupi para grandes sucessos, como "Meu pé de laranja lima" (1970), "Éramos seis" (1977) e "Como salvar meu casamento" (1979) – inacabada, a novela foi a última da extinta emissora.
Nicette foi para a Globo em 1981 após convite do diretor e ator Fabio Sabag para fazer parte do elenco do seriado "Obrigado, doutor" como a freira Júlia, auxiliar do protagonista interpretado por Francisco Cuoco.
Na emissora, sua primeira novela foi "Sétimo Sentido" (1982), de Janete Clair. Na obra, deu vida a Sara Mendes, mãe da paranormal de Regina Duarte.
Depois, esteve em "Louco Amor" (1983), de Gilberto Braga, na qual interpretava a cozinheira Isolda.
"Era uma personagem interessantíssima, que guardava o segredo da novela. Foi um trabalho muito contido. Só no fim é que a personagem tinha uma grande cena, na qual se esclarecia o grande mistério da história", disse sobre o trabalho.
Ao longo dos anos, integrou elencos de novelas como "Selva de Pedra" (1986), "Rainha da Sucata" (1990) e "Mulheres de areia" (1993).
Em 1997, interpretou sua primeira vilã em novelas da Globo, a malvada Úrsula, em "O amor está no ar".
Depois de anos no novo "Sítio do Picapau Amarelo", voltou a novelas em 2005 como a Ofélia de "Alma Gêmea", de Walcyr Carrasco. Depois, esteve em outra obra do autor, "Sete pecados" (2007), como Juju, grande amor do personagem de Ary Fontoura.
Nos últimos anos, passou por novelas como "A vida da gente" (2011), "Salve Jorge" (2012), "Joia Rara" (2013), "I love Paraisópolis" (2015) e "Pega Pega" (2017).
Em 2020, foi homenageada na versão da Globo de "Éramos seis" ao interpretar madre Joana, uma freira que na reta final encontrava Lola (Gloria Pires), personagem que deu vida na original da TV Tupi.
O pai do ator Marcio Garcia, Carlos Alberto Machado, morreu na noite desta sexta-feira (18) em decorrência de complicações da Covid-19.
Carlos estava internado havia quase um mês em um hospital de Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira. Marcio Garcia usou seu perfil em uma rede social para anunciar a perda do pai.
"Minha fé hoje foi testada mais do que nunca. Às vezes, não entendemos os propósitos de Deus em nossas vidas. Mas Ele é misericordioso, sábio e sempre age da maneira certa. Descanse em paz meu pai. Gratidão a cada um de vocês", registrou o ator.
A publicação foi acompanhada por um vídeo de quase cinco minutos de duração. Nele, o ator agradeceu o apoio que recebeu dos fãs ao longo da internação do pai e pediu para que a corrente de orações seja mantida.
"Eu estou vindo aqui dizer que, infelizmente, o meu pai não resistiu. O corpo dele não resistiu. Ele faleceu hoje, agora à noite. Eu ia deixar para comunicar isso amanhã, mas vim aqui pedir mais uma corrente para vocês, mais um pequeno favor, para que a gente pudesse fazer uma corrente para que ele fizesse uma passagem calma, serena, tranquila, e pedir muita luz, que é o que ele merece", disse o ator.
Ainda no vídeo, Marcio Garcia descreveu o pai como uma pessoa justa, íntegra, amiga e exemplo para os filhos, netos e amigos. "Melhor conselheiro que eu já tive e que vou ter, com certeza", enfatizou.
Ele ressaltou que o pai vinha sofrendo muito fisicamente em decorrência da Covid-19. Internado, Carlos chegou a sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC), que comprometeu os movimentos do lado esquerdo do corpo dele e que precisou ser entubado novamente.
Marcio Garcia já havia usado as redes sociais para falar da gravidade da doença que acometia seu pai. No dia 16 de novembro, ele publicou um vídeo informando que o pai havia sido entubado e pedindo orações para ele. No mesmo vídeo, ele confidenciou que chegou a fazer "pouco caso" da doença que provocou uma pandemia.
"Confesso que muitas vezes fiz pouco caso da Covid, achava que não era tão grave. Nunca levei tão a sério essa doença. Acho que muita gente passa por isso até ter um caso tão próximo como estou tendo agora com meu pai", afirmou Marcio no vídeo publicado em novembro.
Já no vídeo publicado nesta sexta-feira, em que comunica a morte do pai, o ator encerrou alertando seus seguidores para que se previnam do coronavírus.
“Não deixem o medo dominar vocês, mas cuidem-se. Usem máscara, evitem sair, evitem aglomeração, e cuidem-se muito, protejam-se, tá bom?”, enfatizou o ator.
Uma menina de cinco anos foi encontrada morta dentro de uma caixa de papelão, em um terreno no bairro Jardim São Felipe, em Hortolândia (SP), na manhã desta sexta-feira (18). De acordo com a Polícia Civil, o padrasto da vítima confessou que matou a criança e está preso. A investigação ainda constatou que a vítima sofreu abuso sexual e o corpo tinha sinais de estrangulamento.
Maria Clara Calixto Nascimento estava desaparecida desde a manhã de quinta-feira (17), quando, segundo a avó da garota, ela saiu para brincar na casa de uma vizinha. A mãe da menina, uma auxiliar de produção de 25 anos, chegou para almoçar e questionou o companheiro sobre a localização da garota. Na ocasião, ele disse que estava dormindo e não viu ela sair.
A partir disso, a família começou a procurar a criança e registrou um boletim de ocorrência de desaparecimento na Delegacia de Hortolândia. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP-SP), o padrasto foi localizado em Campinas (SP) na manhã desta sexta e levado à delegacia, onde confessou o crime.
O homem, que já tem passagem pela polícia por estupro, chegou a prestar depoimento na quinta-feira e disse que não sabia nada sobre o paradeiro de Maria Clara. Em seguida, ele se abrigou na casa de parentes em Monte Mor (SP) antes de tentar fugir para Campinas. Cássio Martins Camilo vai permanecer preso e será encaminhado a uma unidade prisional.
A garota foi encontrada próximo à residência dela, no bairro Vila Real, por familiares e amigos, que mantiveram a procura desde quinta-feira. A mãe da criança retirou o corpo da filha pelas próprias mãos e levou até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jardim Nova Hortolândia, mas ela já chegou sem vida ao local. A perícia foi acionada para ir até o terreno.
"Resta saber agora onde e de que forma que esse bárbaro crime aconteceu. E saber também qual a motivação que levou ele a cometer esse crime. A autoria já está determinada. Resta saber também se ele teve a conivência da mãe e se o abuso sexual também foi feito por ele", disse a delegada seccional de Americana (SP), Martha Rocha, que responde pela Delegacia de Hortolândia.