A mulher teria dito para a
menina não sair de perto dela
A Mãe de Raíssa Eloá Caparelli
Dadona, de 9 anos, Rosevânia Caparelli Rodrigues falou pela primeira vez sobre
a morte da filha, ocorrida no último domingo (29/09/2019). Ela contou que a
menina confiava no garoto que supostamente cometeu o crime.
Rosevânia revelou detalhes
daquele domingo em entrevista exclusiva ao telejornal SPTV, da Rede Globo.
Morta no Parque Anhanguera, na Zona Norte de São Paulo, Raíssa foi encontrada
amarrada pelo pescoço em uma árvore.
A mãe da de Raíssa disse que
pediu para a filha não sair de perto dela. Em seguida, avisou que só buscaria
pipoca para o irmão enquanto a pequena esperava na fila do pula-pula. “Ela
falou: ‘Tá bom, mamãe, estou brincando aqui com ele no pula-pula.’ E eu falei:
‘Tá bom, minha filha, só vou pegar pipoca para o seu irmãozinho'”, frisa
Rosevânia.
Ela afirmou que não consegue
entender como “uma criança tirou a vida de outra”. Um adolescente de 12 anos
confessou o crime. O menor foi levado para a Fundação Casa. A polícia investiga
se outra pessoa teria participado também do assassinato.
Depois que deu conta do sumiço
de Raíssa, a mãe passou a procurá-la desesperadamente. “Comecei a rodar o
parque inteiro, chamei as meninas, anunciei no palco e nada. Avisei aos
policiais do CEU, todo mundo procurando e nada”, lembra.
“Quando deu umas 17h55, a mãe
dele, que estava na delegacia, falou assim com tranquilidade: ‘Meu filho falou
que encontrou uma menina na árvore. E que ela estava de macacãozinho rosa’. Eu
peguei e já desmaiei”, narra.
Rosevânia afirmou também que
não sabe se conseguirá voltar para a vizinhança onde mora, no Morro Doce, Zona
Norte de São Paulo. E não sabe como vai contar ao filho mais novo que a irmã
dele morreu.
A mulher afirma que não
conhecia os pais do adolescente e que já tinha levado o menino para a igreja.
“Eu só conhecia as irmãs dele e ele. Ele só falou que tinha ficado internado,
me chamava de tia. Mas não quis falar que não tinha aprontado. Disse só que era
briga dos pais”, ressalta.
Ainda segundo a mãe de Raíssa,
o adolescente falava para todo mundo que a menina tinha autismo. “Minha filha
era muito rígida, ela não ia com ninguém. Nem com minha irmã nem com meu
cunhado. Ela confiava nele”, destaca.
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