No “Jornal Nacional”, o apresentador Willian Bonner afirmou que o encontro entre Tonet e o ex-ministro constava da agenda pública de Bebianno, divulgada na internet. “As visitas dos diretores do Grupo Globo a autoridades de diferentes poderes, servidores públicos, executivos de empresas e representantes da sociedade civil são rotineiras. E, nesse aspecto, o Grupo Globo não se diferencia de outros grupos empresariais que pretendam ouvir todas as vozes de uma sociedade livre, de forma transparente e com uma agenda pública, mantendo relações republicanas”, diz a nota da TV Globo lida ao vivo pelo âncora do telejornal.
Bolsonaro diz no áudio que a Globo é inimiga e que o contato com a emissora deve ser restrito. “Gustavo, o que eu acho desse cara da Globo dentro do Palácio do Planalto: eu não quero ele aí dentro. Qual a mensagem que vai dar para as outras emissoras? Que nós estamos se aproximando da Globo. Então não dá para ter esse tipo de relacionamento. Agora… Inimigo passivo, sim. Agora… Trazer o inimigo para dentro de casa é outra história”, disse o presidente. O trecho foi exibido no ‘Jornal Nacional’ de terça.
O comunicado da emissora ainda diz que “o Grupo Globo considera que não tem nem cultiva inimigos. A própria natureza de sua atividade jamais permitiria qualquer postura em contrário. Hoje, como sempre, sua missão é levar ao público jornalismo independente, dando transparência a tudo o que é relevante ao país, e entretenimento de qualidade. O Grupo Globo continuará a trabalhar nessa mesma direção”.
O presidente havia negado a existência das conversas com Bebianno, fato que levou a divulgação dos áudios terem grande repercussão. O posicionamento da emissora dividiu o público nas redes sociais. Na manhã de quarta (20), duas hashtags estavam entre as mais comentadas no Twitter: #EuSouInimigodaGlobo e #GloboInimigadoBrasil.
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© Foto: Reprodução/TV Globo |
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